Há exatos 20 anos a primeira companhia de celular chegava ao Brasil, comercializando telefones móveis, grandes difíceis de carregar e que quase não se via pelas ruas do país. Hoje, o aparelho tornou-se um dos objetos de consumo mais populares por adultos a crianças. Assim como a tecnologia se desenvolveu, trazendo facilidade para quem usa, trouxe também um consequência para os usuários, a dependência.
O fenómeno já foi batizado de nomofobia pelos especialistas, que significa no mobile, ou medo de estar sem celular, na tradução literal. A síndrome causa ansiedade, pânico, impotência, angústia que sente impossibilitado de se comunicar por estar sem o aparelho.
A pessoa não consegue se desprender da tecnologia. Deixa o aparelho ligado 24 horas por dia, inclusive na hora que vai ao banheiro ou até mesmo na hora de dormir, explica o psicólogo Cristiano Nabuco, do Institituto de psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde.
Para ele, a monofobia não diz respeito somente ao aparelho celular, mas qualquer tecnologia que deixe as pessoas conectadas, como computadores e notebooks.
Ainda, segundo Nabuco, o mais preocupante é que qualquer um está sujeito à fobia, mas o alvo mais comum são os jovens.
O especialista alerta para os sintomas mais frequentes : abandonar tudo o que faz para atender o celular: nunca deixa o aparelho sem bateria; não carregar o celular na bolsa; bolso similares (prefere carregá-lo na mão para que possa atender imediatamente); nunca esquece o celular em casa, se isso acontecer, volta de onde está para pega-lo; sente-se mal quando acaba a bateria, quando perde o aparelho ou pensa que perdeu.
Os jovens já nasceram nesse mundo tecnológico , já usam a própria linguagem quando estão no computador, o que traz prejuízo de aprendizado já que abreviam e não acentuam quase nenhuma palavra, alerta.
Além disso, os adolescentes, por possuírem uma renda controlada pelos pais estão se acostumando cada vez mais usarem os sms, ou torpdeos, como forma de comunicação, já que é mais barato.
É mais prático e económico para eles, observa.
Não dá para tirar totalmente o celular da vida de alguém, o importante é usar o bom senso para não se viciar, finaliza o Cristiano Nabuco.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Secretaria da Saúde de São Paulo
Postado por: Leonardo Araújo
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