quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Esperança contra o câncer

Parece loucura. Recentemente, uma pesquisa internacional foi publicada na prestigiosa revista British Journal of Cancer, demonstrando a utilização de campos eletromagnéticos (CEM) para tratar câncer disseminado no fígado. O estudo foi realizado com esforço conjunto de cientistas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, da Universidade do Alabama, nos EUA, e do Instituto Federal Suíço de Tecnologia, liderados pelo oncologista paulista Frederico Costa. Isso mesmo. Os doentes receberam um tratamento totalmente não convencional.

Um instrumento parecido com uma colher era colocado na boca dos pacientes e ligado por um cabo ao equipamento que gera a energia eletromagnética. O paciente fica sentado durante 60 minutos, três vezes ao dia. Pode ficar assistindo à televisão, lendo ou escrevendo. Geralmente não sente nada. Alguns têm um pouco de sono. O tratamento era repetido até que os médicos detectassem sua ineficiência eventual, com o crescimento dos tumores. Surpreendentes resultados. Além da tolerância tranquila, mais de 40% dos pacientes tiveram seu tumor estável, sem aumento de volume, ou tiveram redução do tamanho avaliada por tomografia computadorizada.

Conversamos com o doutor Costa para esclarecer os resultados e o potencial desse estudo. A íntegra da entrevista pode ser lida no site www.cartacapital.com.br.

CartaCapital: Como surgiu a ideia de usar campos eletromagnéticos no tratamento do câncer de fígado?

Frederico Costa: A pesquisa começou em dezembro de 2001, durante um projeto liderado pelo doutor Pasche, na Suíça. Observou-se que pacientes portadores de câncer apresentavam uma resposta autonômica (alterações cardiovasculares) quando expostos a frequências específicas, com precisão de 10-7 Hz. Iniciou-se o processo de identificação de um conjunto de frequências específicas para cada doença. Com o desenvolvimento de um equipamento capaz de expor o paciente a esse conjunto de frequências, iniciou-se um estudo para testá-lo no tratamento de doentes. Com a constatação de resposta tumoral interessante em três deles, iniciamos o estudo em câncer de fígado avançado, cujo tratamento, em 2005, era baseado apenas em quimioterapia.





Postado por: Leonardo Araújo

Qual a dieta certa?

Dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o número de pessoas acima do peso no País atinge grande parte da população. Cerca de 20% dos brasileiros entre 10 e 19 anos, 48% das mulheres e 50,1% dos homens com mais de 20 anos estão acima do peso, ou seja, com Índice de Massa Corporal superior a 25%.

Em meio a essa epidemia de sobrepeso, surgem as mais diversas variações de dietas. Porém, o médico neurologista Rogério Tuma, colunista de CartaCapital, alerta que o mais importante para perder os quilos a mais é realizar uma reeducação alimentar. “Toda dieta e tratamento medicamentoso funcionam porque o problema não é o indivíduo perder peso e sim manter-se magro. A mudança comportamental é fundamental e também o melhor tratamento”, explica.

O especialista destaca que as dietas podem provocar efeitos colaterais, como sonolência e irritação, além de não serem recomendadas para todas as pessoas. “Um paciente com comprometimento renal, por exemplo, não deve fazer uma dieta com oferta alta de proteína. Há restrições, nem toda dieta pode ser seguida por qualquer um.”

Neste segundo bloco da série de três entrevistas ao editor do site de CartaCapital, Gianni Carta, o neurologista ainda fala sobre como as crianças estão mudando a alimentação dos pais e aponta a cirurgia de redução de estômago como o último recurso para perder peso.

Fonte: www.cartacapital.com.br

Postado por: Leonardo Araújo

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Sessões de cinema, teatro e palestras gratuitas marcam semana do Dia Internacional do Idoso em SP

Data será comemorada durante toda a semana, a partir de segunda-feira, em centro estadual da Zona Norte, com eventos educativos e de entretenimento; vida ativa e envelhecimento saudável serão temas centrais

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo preparou uma semana especial para comemorar o Dia Internacional do Idoso (27/9). Diversas atividades, educativas e de entretenimento, serão realizadas a partir da próxima segunda-feira, 26 de setembro, no Centro de Referência do Idoso (CRI) da Zona Norte, na capital paulista, para homenagear e orientar os idosos.

Para participar das atividades, gratuitas e abertas ao público, basta ter 60 anos ou mais. Uma das principais propostas dos profissionais do serviço é promover aos participantes uma visão global e positiva do envelhecimento, enfatizando a importância de ter uma vida ativa e com mais qualidade.

Profissionais de especialidades médicas e assistenciais, como geriatras, psiquiatras, psicólogos, enfermeiros, nutricionistas, educadores físicos, dentistas e assistentes sociais realizarão palestras, rodas de debate e sensibilização, com idosos e familiares, abordando os problemas que mais afligem essa população. Entre os temas destacados estão depressão, saúde e envelhecimento, envelhecimento ativo, visão global do envelhecimento, participação, cidadania e segurança, entre outros.

As palestras serão direcionadas, também, para os cuidadores de idosos, que serão orientados de como tratar e lidar com os pacientes diante das queixas apresentadas.

Na área de entretenimento haverá atividade para todos os gostos. Os idosos poderão desfrutar de sessões de cinema (cine CRI) e teatro, além de participar de atividades físicas, que serão ministradas por profissionais do programa estadual “Agita São Paulo”. Haverá, ainda, contação de histórias, oficina de ikebana e uma exposição de artes plásticas e artesanatos, confeccionados pelos próprios participantes. E, para encerrar a semana, os idosos poderão extravasar alegria no animado “Baile da Primavera”.

A programação completa pode ser consultada no site: www.crinorte.org.br. O CRI Norte está localizado na rua César Zama, nº 1 – Santana.

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde - Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar - São Paulo -Fone (11) 3066 8000 - CEP 05403-000

2 em cada 3 grávidas reduzem atividade física em SP

Com a diminuição do nível de exercícios, riscos de desenvolver hipertensão e até diabetes aumentam durante o período de gestação.

Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo em parceria com o Celafiscs (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul), entidade responsável pelo programa Agita São Paulo, indica que 65% das mulheres grávidas não praticam o tempo mínimo recomendado de atividades físicas durante o período de gestação.

Durante o estudo, 127 mulheres grávidas, com idades entre 16 e 40 anos, utilizaram o "pedômetro", aparelho que mede o número de passos dados, além de responderem a questionários específicos. No início da gravidez, as futuras mães realizavam exercícios diários por, pelo menos, 30 minutos de forma contínua, tempo recomendado tanto pela Secretaria de Estado da Saúde, quanto pela Organização Mundial da Saúde, válido também para as mulheres grávidas, mediante acompanhamento médico.

Dentre essas gestantes que diminuíram a carga de atividade física, o nível de exercícios caiu 34% durante a semana já no segundo trimestre de gravidez. No terceiro trimestre a redução foi ainda maior: 41% em relação ao início da gestação.

"Os motivos apresentados pelas mulheres vão desde excesso de peso até a influência de familiares e amigos que as orientam a se preservarem, não fazerem exercícios. As gestantes devem adotar um estilo de vida ativo, praticando, ao menos, 30 minutos de exercício físico por dia. Com isso, a mãe e seu bebê só têm a ganhar", afirma Timóteo Araújo, presidente do Celafiscs.

Ele diz que a prática de atividades físicas é um item que deve fazer parte do período pré-natal. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental, inclusive para conscientizar as gestantes das complicações ocasionadas pela falta de exercícios.

"O primeiro risco que a gestante que não pratica atividade física corre é o sedentarismo. Com isso, ocorre um aumento do peso corporal em excesso, que, por sua vez, aumenta o risco de diabetes. Os benefícios de um estilo de vida ativo para grávidas vão desde o controle de peso e de glicemia até a prevenção de hipertensão. As gestantes devem ter consciência que, nesse momento, os riscos não se aplicam somente à ela. Ao bebê também", explica Timóteo.

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde - Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar - São Paulo -Fone (11) 3066 8000 - CEP 05403-000

Doação de órgãos interrompe tendência de alta após ano histórico em SP

Queda no número de doadores é de 5% neste ano em comparação a 2010, quando houve recorde histórico, mas número é maior que 2009

Após registrar recorde histórico em 2010, o número de doadores de órgãos teve ligeira queda de 5% no Estado de São Paulo neste ano. É o que aponta balanço da Secretaria de Estado da Saúde com base nos dados da Central de Transplantes.


De janeiro a 15 de setembro houve 603 doações, contra 635 no mesmo período de 2010. O número, no entanto, é 23% superior aos 490 doadores computados entre janeiro e 15 de setembro de 2009.

O total de transplantes realizados no Estado caiu 7,3% até 15 de setembro, ficando em 1.624, contra 1.505 no mesmo período de 2010. Em 2009, até a metade de setembro, foram 1.376 cirurgias.

Apesar da queda, a taxa média de doadores paulistas por milhão de população neste ano, de 19,5, é superior a de países como a Argentina (14,3), cuja população estimada é semelhante ao Estado de São Paulo.

Houve neste ano, até 15 de setembro, 49 transplantes de coração, 89 de pâncreas, 1.004 de rim, 420 de fígado e 21 de pulmão. Os dados não computam transplantes intervivos.

"É fundamental que as pessoas informem expressamente seus familiares sobre o desejo de doar seus órgãos, pois em caso de morte somente a família pode autorizar a doação. Um doador beneficia, em média, três pacientes, podendo chegar a sete", afirma Luiz Augusto Pereira, coordenador da Central de Transplantes da Secretaria.

Segundo o balanço da pasta, dos 10 Spots (Serviços de Procura de Órgãos e Tecidos) existentes no Estado, o Hospital São Paulo, da Unifesp, lidera em números absolutos a captação de órgãos para transplantes no Estado, com 125 doadores viáveis neste ano, seguido pelo serviço da Santa Casa de São Paulo, com 120. Cada Spot é responsável pela captação de doadores em determinado grupo de hospitais.

No interior paulista, o Spot da Unicamp lidera a captação neste ano, com 45 doadores viáveis, seguido pelo serviço do Hospital das Clínicas de Botucatu, com 27.

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde - Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar - São Paulo -Fone (11) 3066 8000 - CEP 05403-000

Saúde busca no Metrô voluntários para teste de vacina anti-HIV

Ação nesta quarta-feira na estação República tem como objetivo informar a população sobre importância da pesquisa

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo dará plantão nesta quarta-feira, 28 de setembro, na estação República do Metrô para convidar os usuários a participarem como voluntários de uma pesquisa que irá testar duas vacinas preventivas contra o HIV.

A ação, que acontecerá das 8h às 12h, também tem como objetivo sensibilizar e informar a população sobre a importância do teste precoce anti-HIV, assim como os locais onde podem ser realizados gratuitamente na rede pública de saúde.

O estudo das vacinas, desenvolvido em parceria com a Faculdade de Medicina da USP, precisa de mais 20 voluntários. Até o momento, apenas cinco pessoas foram recrutadas. A pesquisa é conduzida pela Unidade de Pesquisa de Vacinas Anti-HIV do CRT para a rede internacional de pesquisa de vacinas "HIV Vaccine Trials Network" (HVTN), sediada nos EUA e composta por instituições líderes em pesquisa em 27 cidades de quatro continentes.

A pesquisa vem sendo realizada desde janeiro de 2011 pelo Centro de Referência e Treinamento em DST-Aids, unidade da Secretaria na capital, e busca verificar a melhor forma de apresentar partes do vírus HIV ao organismo. As opções que serão testadas comparam dois produtos que apresentam cópias de HIV em quantidades diferentes.
"É importante ressaltar que as partes do vírus utilizadas durante os experimentos com os voluntários são sintéticas e inativas. Por isso, não há chances de contaminação", explica Artur Kalichman, coordenador-adjunto do CRT DST/Aids e responsável pela Unidade de Pesquisa de Vacinas.

Os interessados em colaborar com o estudo devem responder a questionários sobre práticas de exposição ao HIV e também passam por avaliação médica, que inclui a coleta de amostras de sangue e de urina. Durante a pesquisa, os recrutados terão à disposição uma equipe de especialistas do CRT para suporte médico e psicológico.

Homens ou mulheres, independente da opção sexual, podem participar da pesquisa. Entre os critérios necessários estão ter entre 18 e 50 anos de idade, ser saudável e não infectado pelo HIV, residir na cidade de São Paulo ou na região metropolitana e, no caso dos homens, ser circuncidado. Mulheres grávidas ou amamentando não podem participar.

Interessados em participar também podem entrar em contato com a Unidade de Pesquisa de Vacinas Anti-HIV: (11) 5087-9915, e-mail vacinas@crt.saude.sp.gov.br ou pessoalmente no Centro de Referência em DST/Aids: Rua Santa Cruz, 81, Vila Mariana, próximo ao metrô Santa Cruz.

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde - Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar - São Paulo -Fone (11) 3066 8000 - CEP 05403-000

Postado por: Leonardo Araújo

30% dos casos de câncer de boca estão ligados ao HPV

Levantamento realizado pelo Icesp também aponta que, em sua maioria, pacientes são mulheres.

Levantamento do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, 30% dos pacientes operados em decorrência de tumores que afetavam a região da cabeça e pescoço, desenvolveram o câncer em decorrência de infecção pelo papiloma vírus humano (HPV). O estudo aponta, também, que a grande maioria dos pacientes afetados (70%) é do sexo feminino, com idade entre 40 e 50 anos.

Anualmente, o Icesp recebe cerca de 1.200 novos casos cirúrgicos na especialidade de cabeça e pescoço. Embora os tumores relacionados ao HPV sejam menos agressivos, respondendo bem ao tratamento, eles podem ser evitados com o uso de preservativos nas relações sexuais.

"A grande maioria dos pacientes do Instituto descobre a doença quando ela já está em estágio bastante avançado", diz o oncologista do Icesp, Marco Aurélio Kulcsar. Ele alerta que a infecção pelo papiloma vírus, quando associada ao tabagismo, aumenta o risco de morte.

Alguns dos sintomas manifestados por esses tipos de câncer podem ser manchas brancas na boca, dor, lesão com sangramento e cicatrização demorada, nódulo no pescoço presente por mais de duas semanas, mudanças na voz ou rouquidão persistente e dificuldade para engolir.

Publicado por Assessoria de Imprensa em 26/09/2011






Fonte: Secretaria de Estado da Saúde - Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar - São Paulo - Fone (11) 3066 8000 - CEP 05403-000


Postado por: Leonardo Araújo

domingo, 18 de setembro de 2011

Palestra sobre educação alimentar em 17/09/2011

Com muita satisfação recebemos a nutricionista Glaucia para falar para um publico de 22 pessoas presentes na palestra de 1 hora e 40 minutos sobre a Educação Alimentar em 17/09/2011 em nossa Paróquia São joão Batista.

A nutrionista Glaucia começou a explicar sobre a importância de se alimentar de uma forma correta e com muita propriedade em explicar as diversas perguntas que foram feitas pelos participantes.


A importância de fazer de 5 a 6 refeições durante o dia, de 3 em 3 horas, não ficar com horários prolongados sem uma alimentação adequada. Não ultrapassar mais que 4 horas sem comer.


Comer frutas, verduras e legumes todos os dias, evitar frituras em geral, evitar ou diminuir a ingestão de produtos embutidos como salsichas, salames, presuntos, mortadelas.


Sempre que possível comer carne branca, frango ou peixe e carne vermelha somente duas vezes por semana.


Evitar líquidos durantes as refeições pois isto contribui para a disgestão mecânica do estômago.


Dar preferência a queijos brancos e evitar o consumo exagerado de açúcar e procurar fazer exercício físico regularmente e ingerir água diariamente em média 2 litros para melhorar o funcionamento do intestino; as refeições devem ser feitas em um ambiente de tranquilidade.


Enfim, muitas dúvidas dos participantes foram respondidas e por último os membros da Pastoral da Saúde lhe entregaram uma lembrança da imagem do nosso padroeiro São João Batista. Após a palestra houve um pequeno café para todos os participantes.



Que Deus abençoe a todos os participantes e fazei de nós instrumentos de vossa bondade.


Postado por: Leonardo Araújo

Sociedade do risco e o consumo de alimentos orgânicos



O Brasil possui uma área de mais de 880 mil hectares destinada à agricultura orgânica, mas “isso representa apenas 0,33% do total da área agrícola do país”, informa o sociólogo Eduardo Moro.

Em contraposição à alimentação fast food, a procura pela alimentação orgânica tem crescido consideravelmente em diversos países do mundo. Escândalos alimentares ocorridos na Europa nos anos 1980, o clima de insegurança, as “dúvidas quanto à capacidade dos peritos em prever ou mesmo controlar incidentes envolvendo o consumo de alimentos” e as incertezas da sociedade do risco, teoria abordada por Ulrich Beck, contribuíram para que os consumidores repensassem as práticas alimentares, diz Moro à IHU On-Line.

Apesar de a agricultura orgânica ter avançado nas últimas décadas, e de “mais de 60 milhões de hectares serem destinados” a essa prática, apenas dez países lideram a produção de alimentos orgânicos e “são responsáveis por quase 75% do total. (…) Esses dados evidenciam, por um lado, limitações da agricultura orgânica, mas também, ao mesmo tempo, oportunidades de desenvolvimento em outras partes do planeta”, assinala o sociólogo na entrevista a seguir, concedida por e-mail.

Ao analisar a agricultura orgânica brasileira, Moro diz que os desafios estão na produção e na comercialização dos alimentos. Para se desenvolver, esse modelo agrícola precisa de subsídio estatal, especialmente durante o período de “conversão, ou seja, quando o agricultor passa sua produção de convencional para orgânica”. Em relação à comercialização, “o desafio está no fortalecimento do mercado interno. (…) Os relatórios internacionais apontam que 70% a 90% da produção brasileira de alimentos orgânicos é destinada à exportação”, aponta.

Eduardo Moro é graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mestre e doutorando em Sociologia Política pela mesma instituição. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: alimentos orgânicos, supermercados, riscos alimentares, consumo alimentar e consumidores.

IHU On-Line – Quais as implicações dos alimentos geneticamente modificados na agricultura orgânica?

Eduardo Moro – Minha intenção aqui não é debater os possíveis riscos ou benefícios dos organismos geneticamente modificados. Restrinjo-me a responder como imagino que os transgênicos podem implicar na produção e na comercialização dos alimentos orgânicos. Conforme a lei 10.831, a chamada “Lei dos Orgânicos”, é proibida a utilização de qualquer organismo geneticamente modificado na produção orgânica. Essa informação é central. Diante disso, os transgênicos surgem como um entrave para o avanço da agricultura orgânica. No que se refere à produção, por exemplo, há o risco de contaminação de uma lavoura orgânica pelo pólen oriundo de culturas transgênicas, tanto através de vetores abióticos como biológicos. Já no mercado alimentício, os transgênicos surgem como mais uma opção e passam disputar a atenção de parte importante dos consumidores nas gôndolas dos supermercados. Parece-me claro que, até o momento, o consumidor adepto a um “estilo de vida” dito saudável tem evitado o consumo de transgênicos. Entretanto, devemos considerar o caráter heterogêneo do consumidor no Brasil e os diferentes graus de informação. Diante disso, para muitos indivíduos que poderiam vir a se “converter” em consumidores de alimentos orgânicos, os transgênicos surgem como nova opção de compra.

IHU On-Line – A expansão do agronegócio brasileiro impede ou prejudica de alguma maneira a produção de alimentos orgânicos?

Eduardo Moro – Dentre os diversos grupos ou “correntes” que defendem a agricultura orgânica no Brasil, alguns defendem que a venda seja mantida num modelo “tradicional”, ou seja, em pequenas feiras livres, com contato direto com o produtor, mantendo relações de proximidade e confiança entre aquele que compra e aquele que vende. Em contrapartida, outros defendem que a produção orgânica seja inserida no agronegócio do país, comercializada em redes de supermercados, certificada por agências especializadas e exportada para grandes mercados consumidores. Essas perspectivas dicotômicas divergem também quanto à expansão do agronegócio. Acredito que o crescimento do agronegócio no país pode representar uma oportunidade para a agricultura orgânica desde que haja incentivo governamental aos pequenos produtores, que a produção atenda às exigências de certificação dos mercados internacionais e de que o mercado interno aquecido contribua na absorção da produção. Portanto, o destaque da produção agrícola brasileira pode contribuir para o aumento na produção, exportação e comercialização de produtos orgânicos, mas para isso necessita-se de planejamento e apoio.

IHU On-Line – Quais setores agrícolas costumam investir na produção orgânica?

Eduardo Moro – No ano de 2003, logo que comecei a pesquisar sobre a oferta de alimentos orgânicos em feiras livres e em supermercados, os principais produtos ofertados eram vegetais in natura dispostos a granel, embalagens plásticas ou em bandejas de isopor. Os produtos mais comuns eram verduras e legumes (como alface, brócolis, couve, repolho, rúcula e outras), ervas (como hortelã, endro, manjerona, entre outras) e frutas (principalmente ameixas e laranjas). Grande parte desses itens era produzida por pequenos e médios agricultores, organizados em cooperativas ou associações e certificados de forma participativa. Com o passar dos anos, novos itens somaram-se aos que citei anteriormente, sobretudo alimentos processados, como açúcar, farinha, biscoitos, sucos, arroz, achocolatados, cafés, entre outros. Neste caso, a produção passou também a envolver empresas de médio e grande porte, tanto aquelas de nome conhecido no mercado, que adotaram a chamada produção “paralela”, como por empresas dedicadas exclusivamente à produção orgânica. Não vou detalhar aqui as consequências desta transformação, embora tenha se tornado visível a proliferação de itens e marcas de alimentos orgânicos nas gôndolas dos grandes supermercados.

IHU On-Line – Como a teoria de Ulrich Beck pode ser aplicada à produção de alimentos orgânicos?

Eduardo Moro – O alemão Ulrich Beck publicou em 1986 um livro (traduzido para o inglês em 1992) que tornou bastante conhecida a premissa de que viveríamos em um período que denominou de modernidade tardia, caracterizado como uma “sociedade do risco”. Na obra, Beck diferencia os riscos de períodos pré-modernos daqueles presentes nos dias atuais, dando destaque aos que envolvem o meio ambiente e que trazem consigo uma série de transformações na sociedade moderna.

Em 2010, o autor escreveu um novo livro com o intuito de “atualizar” a primeira versão e passou a discutir também os riscos gerados pelo terrorismo, marcado pelos ataques de 11 de setembro. Em termos gerais, algumas coisas que falei anteriormente podem ser relacionadas com a teoria de Beck. Muitos dos escândalos alimentares que ocorreram nas últimas décadas trouxeram à mente das populações riscos antes inimagináveis. Esses riscos globais e de graves consequências, “democráticos” em um sentido negativo e, muitas vezes, imperceptíveis pela ciência moderna geraram um cenário altamente favorável para a adoção de hábitos alimentares mais seguros. A crescente “encenação” (ou como diria Beck, “escenificação”) dos riscos no cotidiano dos consumidores de diversas partes do mundo trouxe profundas transformações nos hábitos alimentares, como a diminuição no consumo de carne, por exemplo, ou a adoção de uma dieta composta com alimentos orgânicos. Mesmo sem ter lido Beck, atualmente os consumidores estão conscientes dos riscos alimentares como uma nova forma de risco.

IHU On-Line – Qual costuma ser o perfil dos consumidores de alimentos orgânicos?

Eduardo Moro – Analisando as principais pesquisas que investigam os consumidores de alimentos orgânicos no Brasil e no mundo, arrisco-me afirmar que a maioria delas está centrada na distinção entre valores individuais e/ou coletivos. Em outros termos, pesquisadores investigam se a compra ocorre motivada pelo cuidado com a saúde (do consumidor ou de sua família) e/ou pela proteção ao meio ambiente. Os resultados variam consideravelmente, embora apontem predominantemente para indivíduos inseridos no primeiro grupo (ligados a valores individuais). Em número reduzido surgem pesquisas que investigam possíveis perfis, sobretudo baseados em indicadores socioeconômicos, ou elaboram tipologias dos consumidores de alimentos orgânicos. No Brasil são bastante comuns em meios de comunicação e até mesmo em trabalhos acadêmicos afirmações generalistas baseadas em dados como sexo, idade, renda e escolaridade. Uma delas é que os consumidores de alimentos orgânicos são preponderantemente mulheres, de faixa etária entre 35 e 50 anos, possuidores de um elevado nível de escolaridade e com alta renda. Acredito que tais informações são apenas pistas acerca de um grupo que acredito ser bem mais heterogêneo e repleto de especificidades. Nos últimos anos, novas pesquisas vêm sendo desenvolvidas, algumas delas trazendo novidades em termos metodológicos e na abrangência dos indivíduos investigados, o que poderá contribuir num futuro próximo na percepção de quem são os consumidores de alimentos orgânicos no Brasil.

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/







* Publicado originalmente no site IHU On-Line.



Postado por: Leonardo Araújo
(IHU On-Line)

Ginástica laboral ajuda a prevenir doenças decorrentes da má postura, alerta associação




Brasília – A ginástica laboral pode ajudar na prevenção de doenças causadas pela má postura corporal no trabalho, segundo a presidenta da Associação Brasileira de Ginástica Laboral (ABGL), Valquíria Aparecida de Lima.

“Os números de afastamentos do trabalho no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão cada vez maiores e só a prevenção pode ajudar”, afirmou, durante audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir o assunto.

Ela disse ainda que o brasileiro está cada vez mais sedentário, e o trabalho pode ser um lugar de incentivo à prática de atividades físicas. “O trabalho é uma oportunidade de estimular uma vida mais saudável”, destacou.

Valquíria acrescentou que uma pesquisa feita em empresas e indústrias de São Paulo e do Rio de Janeiro, com profissionais das áreas administrativa e têxtil, constatou que mais de 80% deles não praticavam qualquer atividade física. “A inatividade traz prejuízos, e essas pessoas estão a caminho de ter alguma doença”, ressaltou.

Membro da diretoria e do conselheiro fiscal da Associação Brasileira de Ginástica Laboral (ABGL) em Minas Gerais, Marcos Maciel, disse que há várias pesquisas sobre a ginástica laboral e a maioria delas concluiu que a “ginástica laboral é eficaz na redução do estresse, da fadiga e de doenças ocupacionais”.

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 6.083/09, que obriga os órgãos e as entidades da administração pública federal (direta e indireta) a oferecerem, no próprio local de trabalho, atividades de ginástica laboral aos servidores. A matéria já foi aprovada na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público e será apreciada pela Comissão de Seguridade Social e Família e pela de Constituição, Justiça e Cidadania.

Edição: Talita Cavalcante.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/

Fonte: http://envolverde.com.br


Postado por: Leonardo Araújo

As causas da obesidade




O estresse e a ansiedade são dois dos principais fatores que levam ao aumento das doenças provocadas pela obesidade nos tempos atuais. Mas não só. De acordo com o médico neurologista Rogério Tuma, colunista de CartaCapital, o sedentarismo provocado pelas facilidades da vida moderna – como facilidade no transporte, na conservação e acesso aos alimentos graças a avanços na agricultura e na pecuária, e a oferta dos chamados fast food – é o que explica o alto índice de obesidade na sociedade atual.

“A ansiedade provoca descarga de adrenalina. E essa descarga nos deixa mais estimulados. O intuito dessa descarga é aumentar a quantidade de açúcar no sangue para que possa ser gasto. A única resposta que temos ao estresse é a resposta adrenal. Quando aumenta a adrenalina, o coração bate mais forte, a pressão sobe, o músculo recebe mais sangue, a gente respira mais rápido para se preparar para a fuga, ou para o ataque. Isso funcionava quando a gente tinha ameaça física. Vinha um bicho lhe comer, você corria, subia no coqueiro, o músculo tinha que estar bom, você esquecia até a dor. Isso servia para uma resposta física. Hoje a ameaça vem pelo telefone, pela televisão: cai a bolsa, sobe a bolsa. Você tem descarga de adrenalina, que prepara o organismo para um gasto energético, mas você fica parado no mesmo lugar”, explica o especialista.

“Ao mesmo tempo, percebemos o que é mais gostoso. O sabor dos alimentos fica na gordura. Essa gordura e o doce, em oferta abundante, fizeram com que essas pessoas geneticamente selecionadas passassem a acumular mais peso”, diz Tuma.

Hoje a gente tem critérios científicos para definir isso. A gente define em índice de massa corpórea. Em determinado índice, há uma faixa normal. Fora dessa faixa, você tem o sobrepeso ou o obeso. Mas a média é baseada no IMC, o índice de massa corpórea.

Numa pessoa muito musculosa, o que você pode medir é a quantidade de tecido adiposo na pele. A pessoa musculosa não tem muito ganho de peso, em termos de massa muscular. O peso dos ossos também não tem interferência. O que tem peso é a gordura.

Acho que a maior causa da obesidade é uma associação entre uma seleção natural das pessoas no tempo em que a comida não era farta, junto agora com a oferta abusiva de alimento hipercalórico. O que eu acho é que, por milhares de anos, fomos selecionados. As pessoas que conseguiam comer pouco e com pouca comida armazenar como energia, para depois gastar, foram as pessoas que sobreviviam numa época em que a gente não conseguia alimento tão facilmente como consegue agora. Isso selecionou os seres humanos a ponto de que, as pessoas que vivem agora, são descendentes daquelas que tinham mais facilidade para acumular energia. E, com o avanço da tecnologia, do refrigerador, do transporte, dos métodos de agricultura, da pecuária, o alimento ficou mais fácil de ser adquirido. Ao mesmo tempo, percebemos o que era mais gostoso. O sabor dos alimentos fica na gordura. Essa gordura e o doce, em oferta abundante, fez com que essas pessoas geneticamente selecionadas passassem a acumular mais peso. O nosso organismo funciona bem aonde não tem oferta de comida. A gente percebe isso. Onde tem pouca comida, mas não a ponto de a pessoa ser desnutrida, tem um ganho na qualidade e na longevidade na vida. Onde tem muita oferta de alimento, as pessoas morrem antes.

No fast food, temos uma comida fácil de ser adquirida, fácil de ser mastigada e deglutida, e junto com o refrigerante, uma substância líquida de muito sabor e muito calórica, você faz uma refeição rapidamente, bem concentrada e com caloria exagerada.

A ansiedade provoca descarga de adrenalina. E essa descarga nos deixa mais estimulados. O intuito dessa descarga é aumentar a quantidade de açúcar no sangue para que possa ser gasto. A única resposta que temos ao estresse é a resposta adrenal. Aumenta adrenalina para bater o coração mais forte, a pressão sobe, o músculo recebe mais sangue, a gente respira mais rápido para se preparar para a fuga ou o ataque. Isso funcionava quando a gente tinha ameaça física. Vinha um bicho lhe comer, você corria, subia no coqueiro, o músculo tinha que estar bom, você esquecia até a dor. Isso servia para uma resposta física.

Hoje a ameaça vem pelo telefone, pela televisão: cai a bolsa, sobe a bolsa. Você tem descarga de adrenalina, que prepara organismo para um gasto energético, mas você fica parado no mesmo lugar. Ele desgasta o seu organismo e, dentro desse processo, a busca por mais açúcar aumenta a vontade de comer.

Fonte: http://www.cartacapital.com.br


Postado por: Leonardo Araújo

Diagnóstico de Alzheimer atinge só 25% das pessoas que têm o mal




por Carolina Pimentel, da Agência Brasil

Brasília – Mais de 75% das pessoas que vivem com a doença de Alzheimer no mundo não foram diagnosticadas. É o que aponta relatório da organização Alzheimer´s Disease International, que reúne entidades em vários países. De acordo com o documento, mesmo nos países ricos o percentual de diagnóstico da doença é baixo, variando de 20% a 50%. Nas nações pobres e emergentes, é ainda menor. Menos de 10% dos casos de demência foram identificados.

A estimativa é que existam 36 milhões de portadores da doença no mundo. Esse número deve chegar a 66 milhões em 2030 e 115 milhões em 2050.

A organização alerta que o desconhecimento da doença retarda o início do tratamento, que melhora a qualidade de vida dos pacientes e das famílias. A entidade chama a atenção para a informação equivocada de que a demência é uma enfermidade ligada ao envelhecimento, o que dificulta o debate sobre a doença na sociedade.

No relatório, a recomendação é que cada país tenha uma política nacional para o diagnóstico e tratamento precoce da doença. Os cuidados podem significar economia de US$ 10 mil com um paciente de Alzheimer.

O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa sem cura. O sintoma mais comum da doença é a perda de memória, que pode ser confundida com problemas da idade ou estresse. Com o avanço da doença, outros sintomas surgem como irritação, agressividade, mudança de humor, confusão mental e falha na linguagem.

Edição: Lana Cristina.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/


Postado por: Leonardo Araújo

Saúde precisa de mais verba até para melhorar gestão, diz Temporão

Segundo José Gomes Temporão, ex-ministro da Saúde, reforço financeiro dos sistemas públicos está em debate no mundo todo. Avanço tecnológico e de expectativa de vida impõe alta de custos e exige novos recursos. Em entrevista à Carta Maior, Temporão defende subir taxação de cigarros e bebidas, condena “aberração” brasileira de abater cirurgias plásticas do imposto de renda e critica subsídio federal a convênio de servidor.

BRASÍLIA – O ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, embarca no dia 12 para a China, onde vai se juntar a três outros especialistas (inglês, australiano e tailandês) para fazer uma avaliação independente do modelo de saúde chinês, a pedido do governo local. Depois de estimular a medicina privada e reduzir o peso do investimento público, o país tenta reverter o que para Temporão foi um “equívoco grave” que produziu uma “crise”, e agora quer saber se as medidas estão funcionando.

“A saúde é um debate que está presente hoje na China, nos países europeus, nos Estados Unidos com a reforma Obama. Todos os países enfrentam problemas de financiamento de seus sistemas, de qualidade, de gestão, e no Brasil não será diferente”, afirma Temporão em entrevista exclusiva à Carta Maior.

Diretor-executivo do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde (Isags), órgão com sede no Rio de Janeiro que promove troca de experiências no setor entre países do continente, Temporão diz estar “feliz” por ver “forte consenso dentro do governo e na sociedade” de que a saúde precisa de mais dinheiro.

Segundo o médico sanitarista, os sistemas de saúde estão em debate pelo mundo por três motivos principais, todos aplicáveis ao Brasil. Crescente envelhecimento das pessoas (mais gente idosa requer mais tratamento), acelerada incorporação tecnológica à medicina (eleva custos), e gestão. “Para melhorar a gestão, vamos ter de aumentar o gasto. Como garantir a implantação do cartão SUS para todos os brasileiros sem investir em gestão, na formação de gerentes?”, diz.

Para ele, o Brasil tem um elemento complicador. O atual modelo de saúde foi concebido quando o país era mais pobre. À medida que se desenvolve, algumas doenças tornam-se coisa do passado, como sarampo, enquanto outras se disseminam. Em uma ou duas décadas, o perfil epidemiológico da sociedade brasileira será totalmente diferente.

“Isso vai mudar profundamente o sistema de saúde, e o Brasil não está preparado para isso. Um dos principais motivos é a fragilidade da base financeira. É um sofisma dizer que o problema é de gestão”, afirma.

Temporão defende que, em dez anos, o Brasil empurre o investimento em saúde para 10% do produto interno bruto (PIB). Hoje, são mais ou menos 8%. A maior parte (56%) é despesa privada (planos, consultas particulares). Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que, só em um terço dos 192 países filiados, o gasto governamental perde para o privado, como no Brasil.

As despesas federais com saúde no ano que vem serão de R$ 71 bilhões, de acordo com a proposta de orçamento enviada ao Congresso. Dentre as alternativas surgidas nas últimas semanas como potenciais fontes de recursos novos para reforçar aquela cifra, o ex-ministro no segundo governo Lula diz ter “simpatia” pelo aumento da taxação de cigarros e bebidas.

Com uma bala, acertam-se dois alvos. Por um lado, consegue-se mais dinheiro. Por outro, desestimula-se o consumo de produtos que reconhecidamente fazem mal à saúde. Com cinco bilhões de maços de cigarro vendidos por ano, o aumento de R$ 2 no preço já renderia R$ 10 bilhões ao governo.

“Cigarro, cerveja e bebida no Brasil são dos mais baratos do mundo. Só que ninguém gosta de falar sobre isso porque é politicamente impopular”, afirma.

O ex-ministro aponta ainda um outro “problema delicado que ninguém ousa discutir” mas que, para ele, se enfrentado, ajudaria a fortalecer o orçamento público destinado à saúde. É a autorização da Receita Federal para pessoas e empresas descontarem do imposto de renda despesas particulares com saúde, o que tira alguns bilhões do erário. O gasto particular com saúde é, em média, duas vezes maior do que o gasto público, quando se faz a conta de forma per capita.

O problema, diz Temporão, é que, embora pagar planos de saúde ou cirurgias seja gasto com saúde, não obedece a uma lógica pública ou a uma política pública. “Significa que se alguém quiser fazer uma cirurgia estética porque não está satisfeito com o perfil do seu nariz ou tamanho das suas orelhas ou dos seus seios, pode abater integralmente do imposto de renda. Um disparate total, uma aberração bem brasileira”, diz.

O ex-ministro mexe ainda em um outro vespeiro que poderia ser enfrentado, na opinião dele, para garantir mais recursos à saúde. Ele critica o subsídio que o Estado dá aos funcionários públicos dos três poderes (governo, Congresso e Judiciário) ao bancar parte do convênio deles. São mais ou menos R$ 15 bilhões por ano, algo entre 20% e 25% dos investimentos federais em saúde pública.

“O governo percebeu que se não colocar recursos adicionais na saúde, teremos problemas graves no curto e médio prazos”, afirma Temporão. “E é importante a sociedade ter clareza que, ao investir no SUS, estamos investindo num patrimônio que a sociedade construiu nos últimos 22 anos.”

Criado pela Constituição de 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS) foi regulamentado por uma lei (8.080, de 1990) que vai fazer aniversário no dia 19.


Fonte: httpp://www.cartamaior.com.br


Postado por: Leonardo Araújo

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Falta de atividade física diária aumenta o risco de diabetes

O número de pessoas com diabetes vem crescendo no mundo todo. Até 2025, de acordo com projeções feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) o número de diabéticos com o tipo 2 da condição deve dobrar, principalmente por conta dos padrões de alimentação e do aumento da incidência da obesidade. Uma forma de reverter essa tendência seria promover o aumento do nível de atividade física. Além de combater o sobrepeso, uma rotina de exercícios físicos pode aumentar a capacidade do organismo em regular a glicose no sangue.
Essa é a sugestão feita pela pesquisa de John Thyfault da Universidade do Missouri, nos EUA, e publicada no periódico Medicine & Science in Sports & Exercise. De acordo com o pesquisador, o estudo mostrou que a falta de atividades físicas impacta negativamente o controle glicêmico feito pelo corpo humano e esse pode ser o principal gatilho para o desenvolvimento da diabetes tipo 2.

“A pesquisa dá corpo às evidências de que a atividade física diária ajuda na manutenção dos níveis de glicose no sangue. Reduzir essas atividades em pouco tempo pode resultar em mudanças no corpo relacionadas com a diabetes, que pode se desenvolver mesmo antes que haja ganho de peso e obesidade”, diz Thyfault.

A pesquisa americana mostrou que baixos níveis de atividade física estão relacionados diretamente com o aumento exagerado – picos – dos níveis de açúcar no sangue após uma refeição (ou IGPP, índice glicêmico pós-prandial). O IGPP é um fator de risco para a diabetes tipo 2 e também é associada com aumentos na incidência de doenças cardiovasculares e risco de morte.

De acordo com o estudo de Thyfault, indivíduos saudáveis – com dietas controladas e acompanhados pelos pesquisadores durante quase dois meses – e que reduziram suas atividades físicas pela metade dobraram os picos de IGPP em apenas três dias de inatividade.

“E uma rotina leve de exercícios diários pode ajudar o corpo a regular de forma mais eficiente os níveis da glicose no sangue e reduzir o IGPP. Nosso estudo mostrou que fazer ou não atividades físicas impactou diretamente a saúde e condições que podem ser prevenidas”, diz.

“Caminhar algo em torno de 10 mil passos por dia poderia já melhorar essas respostas do organismo à glicose no sangue. Nos EUA, pesquisas recentes indicaram que muitas pessoas caminham menos que metade disso”, alerta Thyfault.

com informações da University of Missouri



Postado por: Leonardo Araújo

Diabetes: a importância da prevenção

Por: José Antonio Miguel Marcondes





Com o advento de novos medicamentos que permitiram individualizar o tratamento, disponibilidade de aparelhos portáteis para dosagem de glicemia – os glicosímetros –, maior acesso à medicação, principalmente para pacientes carentes, e acesso a informações, tem-se observado uma redução das complicações agudas do diabetes.

Em contrapartida, esses avanços, que permitem um tempo de vida mais longo, associados a uma piora do estilo de vida, com aumento de sedentarismo e prevalência de obesidade, têm aumentado o risco das complicações crônicas da doença.

De uma maneira geral, as complicações crônicas podem ser enquadradas em dois grandes grupos: o primeiro decorre do comprometimento dos grandes vasos, que tem como principais consequências o infarto, derrame cerebral e gangrena dos membros inferiores, e no segundo são afetados os pequenos vasos, cujas consequências são o comprometimento do rim (nefropatia), da visão (retinopatia) e dos nervos (neuropatia). Existem outros fatores, como o tabagismo e níveis de colesterol e pressão arterial elevados, que aumentam as chances de complicações.

A prevenção é o melhor tratamento para as complicações crônicas do diabetes. Uma visita periódica ao médico permite não só avaliar se o controle da glicemia está adequado, mas também identificar e combater fatores de risco, o que pode ser feito com o auxílio de poucos exames laboratoriais. Como medidas rotineiras recomenda-se:

• Manter o peso adequado;

• Controlar a pressão arterial, tendo como objetivo pressão entre 120/80 mmHg;

• Evitar o tabagismo;

• Praticar regularmente atividade física;

• Controlar o nível de colesterol, tendo como meta uma concentração de colesterol LDL inferior a 100 mg/dL. Em geral, para atingir esta meta é necessário o uso de medicamento redutor de colesterol (estatinas);

• Manter as médias de glicemia (hemoglobina glicada) abaixo de 7%;

• Fazer outros exames de avaliação precoce como os oftalmológicos, tais como dosagem de microalbuminúria e de fundo de olho.

Considerando que as complicações crônicas do diabetes são assintomáticas em seus estágios iniciais, o médico pode solicitar exames adicionais, de acordo com o tipo de diabetes e tempo de duração da doença. Hábitos de vida saudáveis são essenciais para todos, especialmente para pacientes com diabetes.

* José Antonio Miguel Marcondes é médico do Centro de Diabetes do Hospital Sírio Libanês

Fonte: http://oqueeutenho.com.br/18112/diabetes-a-importancia-da-prevencao.html




Postado por: Leonardo Araújo














Fonte:

Campanhas de saúde e publicidade reforçam estigma da obesidade




A obesidade é considerada uma questão de saúde pública que afeta homens e mulheres em todo o mundo. Além de doenças relacionadas com o ganho excessivo de peso, como diabetes e problemas cardiovasculares, pesquisadores da Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos, realizaram um estudo no qual mostram que indivíduos acima do peso sofrem também com o sofrimento causado pelo estigma da obesidade. E mesmo o apoio de familiares não os faz se sentirem menos vulneráveis.

De acordo com a antropóloga Alexandra Brewis, autora do estudo, o estigma é reforçado por campanhas institucionais e até mesmo propagandas veiculadas na mídia. “Essas campanhas mostram as pessoas acima do peso como alguém que falhou. As mensagens morais relacionadas a um indivíduo obeso incluem preguiça e falta de autocontrole. É algo tão indesejável e até mesmo repulsivo que uma pesquisa mostrou que as pessoas preferem morrer mais cedo ou serem cegas a serem obesas”, diz.

Para o estudo, Alexandra e sua equipe entrevistaram 112 mulheres com idades entre 18 e 45 anos e 823 pessoas, entre familiares e amigos. O foco foi entender como e por que este estigma se apresenta na convivência diária e como se achar “gorda” é supervalorizado ou atenuado.

Os resultados mostraram que a opinião de pessoas mais próximas aflige mais as mulheres. No entanto, pedir à família e aos amigos que fossem menos críticos não melhorou o sofrimento que elas sentiam com relação ao seu peso. “A pergunta que fica é: se não é a opinião de amigos e familiares que nos faz sentir tão mal por estarmos acima do peso, então o que é? O que parece mais provável é que a mídia e as mensagens culturais são tão poderosas que até mesmo o apoio daqueles que nos são mais próximos e queridos nos fornece apenas uma proteção limitada contra este sofrimento”, conclui a autora.

Com informações da Arizona State University.

* Publicado origianlmente no site O que eu tenho.
http://oqueeutenho.com.br/18365/campanhas-de-saude-e-publicidade-reforcam-estigma-da-obesidade-aponta-estudo.html


Postado por: Leonardo Araújo

Casar faz bem?



por Rogério Tuma, da Carta Capital



Existem muitos estudos estatísticos que avaliam o efeito do estado marital no peso e no estado de saúde das pessoas. Em termos gerais, casar engorda e divorciar emagrece, porém quando separamos as pessoas pela idade e sexo é que as verdadeiras diferenças aparecem. No congresso da Associação Americana de Sociologia, um estudo da Universidade de Ohio – que acompanhou mais de dez mil jovens de 14 a 22 anos entre 1979 e 2008 – comparou por faixa etária e gênero o que ocorre com o peso se casamos ou não, e se nos separamos.

Os solteiros convictos costumam ser mais magros, o casamento engorda, porém não a ponto de se tornar um problema de saúde. Após os 30 anos de idade é que aparecem os problemas: as mulheres casadas engordam, e muito, ao ponto de virar um problema de saúde, e os homens que se divorciaram ficaram gordos, os casados não. Essas diferenças ficam piores à medida que a idade aumenta. Os autores Dmitry Tumin e Zhenchao Qian supõem que homens têm benefícios no casamento, tendo mais tempo para se exercitar e mais liberdade para adotar práticas saudáveis, enquanto as tarefas diárias que um casamento exige impedem a mulher de se cuidar.

Kathleen King, da Universidade de Rochester, em outro estudo publicado na revista Health Psychology, de 22 de agosto, mostra que casamento feliz faz bem para o coração. Após acompanhar cardíacos que sofreram revascularização do miocárdio com pontes de veia safena ou artéria mamária, a autora concluiu que cuidados maritais têm o mesmo peso na evolução dos pacientes do que parar de fumar, controlar o diabetes e abaixar o colesterol. Após acompanhar 225 pacientes por 15 anos, a autora notou que 83% das mulheres revascularizadas que tinham um casamento feliz ainda estavam vivas, enquanto apenas 27% das casadas infelizes e só 26% das solteiras sobreviveram tanto tempo, uma diferença quatro vezes maior a favor das felizes no casamento.

Para os homens infartados, a diferença é um pouco menor, mas ainda muito significativa: três vezes mais chances de sobrevida para os homens casados e felizes. Para a autora, o cuidado feminino com seu parceiro existe mesmo se o casamento não vai bem, mas para as mulheres um casamento infeliz não gera nenhum benefício. “As mulheres precisam saber que seu casamento vai bem para ter um ganho de saúde”, diz o dr. Reis, coautor do estudo.

Homens casados têm em casa alguém que os estimula a seguir um padrão de vida mais saudável, como parar de fumar e fazer exercícios, por isso que o casamento faz muito bem para eles, enquanto esse papel de cuidador não é comumente exercido pelo homem. Por isso, só casar não é o suficiente para a mulher, ela precisa ser “feliz para sempre”.

Para quem ainda quer discutir a relação, vai aí uma dica: um estudo com 400 mil taiwaneses, publicado no British Journal of Sports Medicine de agosto, prova que caminhar apenas 15 minutos por dia pode aumentar a nossa sobrevida em três anos e reduzir o risco de ter câncer em 10% e de infarto em 20%. Portanto, discuta a relação andando.








Postado por: Leonardo Araújo




segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Pressão Alta

10 mandamentos para prevenção e controle da pressão alta.

1. Meça a pressão pelo menos uma vez por ano;
2. Pratique atividades físicas todos os dias;
3. Mantenha o peso ideal, evite obsedidade;
4. Adote alimentação saudável: pouco sal, sem frituras e mais frutas, verduras e legumes;
5. Reduza o consumo de álcool. Se possível não beba;
6. Abandone o cigarro;
7. Nunca pare o tratamento, é para a vida toda;
8. Siga as orientações do seu médico ou profissional da saúde;
9. Evite o estresse;
10. Ame e seja amando.

Fonte: Seleção de Maria Aparecida vital - Formiga - MG.

Postado por: Leonardo Araújo

Cartilha ''Você está querendo parar de fumar?''

Muitas doenças e muitos óbitos prematuros em todo mundo estão associados ao tabagismo, que é a maior causa evitável de morte por doenças crônicas não-transmissíveis.

Inúmeras patologias estão associadas ao uso do cigarro, podendo ser citadas como as mais importantes a doença coronariana (angina e infarto do miocárdio), bronquite e enfisema, a doença cerebrovascular (derrame cerebral) e vários tipos de câncer, como o de boca, pulmão, esôfago, bexiga, laringe e pâncreas.

Diversas estratégias têm sido utilizadas para reduzir o tabagismo, sendo que uma das principais é a conscientização da população sobre os danos causados pelo cigarro, assim como a disponibilização de orientações sobre como parar de fumar.

Com este objetivo, disponibilizamos aqui a Cartilha "Você está querendo parar de fumar?", elaborada pelo Instituto Nacional de Câncer.


clique aqui: http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/cidadao/temas-de-saude/cartilha_para_parar_de_fumar.pdf

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde - Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar - São Paulo - Fone (11) 3066 8000 - CEP 05403-000

Postado por: Leonardo Araújo

Guia alimentar - saiba como ter uma alimentação saudável

Este guia é uma versão resumida do Guia Alimentar para a População Brasileira, lançado pelo Ministério da Saúde. Neste podem ser encontrados, dentre outros, exemplos de porções de alimentos que podem auxiliar na montagem de um cardápio balanceado, dez passos para uma alimentação saudável e tabela de índice de massa corporal que auxilia na avaliação de adequação de peso em relação a altura.


Para acessar o guia alimentar, clique aqui.


http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/cidadao/temas-de-saude/guia_de_bolso_sobre_alimentacao.pdf

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde - Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar - São Paulo - Fone (11) 3066 8000 - CEP 05403-000

AVC faz mais de 100 vítimas por dia em SP

Pacientes com idades entre 30 e 49 anos responderam por 14% das internações em 2010, aponta levantamento da Secretaria de Estado da Saúde

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde aponta que, em média, 106 pessoas são internadas por dia em hospitais públicos do Estado de São Paulo com AVC (Acidente Vascular Cerebral) ou AVE (Acidente Vascular Encefálico). Em 2010 houve 38,9 mil internações por AVC no SUS (Sistema Único de Saúde) paulista, número acima das 36,1 mil registradas no ano anterior.

Pacientes com mais de 70 anos são os mais acometidos pela doença em todo o Estado, com 15,9 mil internações em 2010. A segunda faixa etária com mais hospitalizações é a de 50 a 59 anos, com 7,3 mil registros. Já as pessoas entre 30 e 49 anos responderam por 5,5 mil internações em 2010.

Segundo Reinaldo Teixeira Ribeiro, neurologista do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) "Dr. Luiz Roberto Barradas Barata", em Heliópolis, zona sul da capital paulista, as principais causas para a ocorrência de derrames são hipertensão arterial sistêmica (conhecida popularmente como pressão alta), diabetes mellitus (níveis altos de açúcar no sangue), dislipidemias (coleterol e triglicerídeos altos), tabagismo, obesidade, sedentarismo e estresse.

Além disso, o especialista ressalta que os principais fatores de risco, que costumavam aparecer apenas em pessoas acima de 40 anos, estão se manifestando cada vez mais cedo. "O estilo de vida urbano atual favorece com que as pessoas sejam estressadas, sedentárias, consumam alimentos ricos em gorduras, fiquem acima do peso e desenvolvam pressão alta e diabetes antes do que acontecia antigamente", afirma Ribeiro.

Para o neurologista, um estilo de vida mais saudável com a redução do estresse, prática regular de atividades físicas e alimentação balanceada podem evitar com que fatores de risco como a pressão alta e o diabetes apareçam.

O médico afirma ser importante também que a população saiba reconhecer os sinais da doença para que haja socorro imediato, fator que favorece o tratamento. "Deve-se suspeitar que a pessoa esteja sofrendo um acidente vascular cerebral ou encefálico quando, de repente, ela fique com a boa torta para um lado; com um braço e/ou um perna dormentes, pesados, difíceis de levantar, e dificuldade para falar", diz Ribeiro.

Publicado por Assessoria de Imprensa em 02/09/2011

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde - Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar - São Paulo - Fone (11) 3066 8000 - CEP 05403-000

Postado por: Leonardo Araújo

Banco de Leite do maior hospital público do ABC pede socorro

Com estoque próximo de zero, hospital estadual Mário Covas, em Santo André, precisa de doadoras

O Hospital Estadual Mario Covas, em Santo André, o maior público do ABC paulista, está convocando mulheres em fase de amamentação para doarem leite materno. Atualmente, o banco de leite Humano do hospital trabalha praticamente sem estoque, com apenas 12 doadoras, das quais cinco contribuem frequentemente.

Atualmente o hospital trabalha somente com o leite necessário para atender a demanda dos bebês internados, com pouca reserva, o que impede a unidade de ajudar a abastecer outros serviços de saúde. O ideal seria, no mínimo, 25 doadoras.

Podem doar mulheres não portadoras de doenças crônicas, que não fazem uso de nenhum tipo de medicamento, não fumantes e que não ingerem bebidas alcoólicas. Além de salvar vidas, a doação beneficia a própria mãe, que volta ao peso mais rapidamente, produz mais leite, reduz o risco de câncer de mama, de ovários, evita a osteoporose e tem menos sangramento.

As interessadas em doar podem entrar em contato com a equipe do Banco de Leite do Hospital Estadual Mário Covas pelo telefone (11) 2829-5021.

Após o contato, uma técnica do hospital vai até a casa da possível doadora para verificar se ela está habilitada a doar leite. As mães aptas já recebem o kit de coleta e orientações sobre técnica de retirada do leite excedente e modo de armazenamento. Com apoio do Corpo de Bombeiros, uma vez por semana os frascos de leite são retirados nas casas das doadoras.

"Cada mãe consegue doar em média 300 ml de leite por dia. É o máximo de excedente. Dessa forma, não prejudica seu próprio bebê e ajuda muito os prematuros internados que necessitam do leite materno para ganhar peso e se desenvolver", afirma Adriana Piva Lach, responsável pelo Banco de Leite e coordenadora de Nutrição do hospital.

Publicado por Assessoria de Imprensa em 31/08/2011

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde - Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar - São Paulo - Fone (11) 3066 8000 - CEP 05403-000


Postado por: Leonardo Araújo