segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Exercitando, Estimulando, Tornando-se mais Ágil, Saudável e Flexível



É sempre bom falar daquelas informações que nos ajudam, ou ajudaram, adecidir começar uma nova atividade, ou simplesmente a sair da rotina. Afinal, todos nós já lemos em algum lugar dicas para manter nossa saúde e qualidade de vida em dia, informação não nos falta. Até achamos bem legal e se não colocamos em prática, esquecemos...

Hora de relembrar para que servem atividades físicas, massagens, qualidade do sono, exercícios e desafios, e quem sabe, finalmente, começar a praticar.

- Atividades físicas – Vejam que interessante:

“Na Universidade Estadual de Campinas, os pesquisadores analisaram as imagens do cérebro de 36 indivíduos - 20 sedentários, 8 judocas e 8 corredores de longa distância. “Só notamos alterações positivas na massa cinzenta dos que praticavam exercícios", explica Wantuir Jacini, professor de educação física e mestre em neurociência. “E o mais impressionante foi que as mudanças no grupo dos lutadores de judô não foram as mesmas observadas na turma dos que correm", completa Wantuir, que usou essa pesquisa na sua tese de mestrado, “isso pode ser um indício de que precisamos lançar mão de atividades diferentes para prevenir diferentes problemas."

Não é um bom estímulo para colocar, se ainda não tem, uma atividade física na sua rotina? Mas nada de sair por aí fazendo uma atividade física por obrigação, escolhendo qualquer uma. Uma observação interessante dos cientistas, nessa pesquisa, foi que quanto mais lúdico o exercício para o indivíduo, melhor o efeito. Então escolha bem, as opções são enormes, experimente várias, com certeza você vai encontrar aquela especial, aquela que lhe dá prazer.

- Massagens - Feita nos pés, ou no corpo todo, como automassagem, ou recebendo, as massagens exercitam os músculos e estimulam o fluxo sanguíneo.


Fez lá sua atividade, chegou em casa, tomou um banho, hora de pegar seu hidratante favorito e massagear seu corpo todo. Ou ao menos, seu pé em detalhes. A massagem proporciona benefícios físicos e psicológicos, alivia o estresse, as dores musculares, diminui ansiedade, irritabilidade, aumenta a flexibilidade e a elasticidade, além de ser um prazer.

Sem dormir não dá! A curto prazo ficamos irritados, comprometemos a memória e a criatividade, reduzimos nossa capacidade de planejar e executar, além de apresentarmos lentidão de raciocínio, desatenção e dificuldade de concentração. Quem já passou por isso, sabe que o dia fica enorme e nada funciona direito...

A longo prazo, a falta de sono diminui o vigor físico, nos deixa mais propenso a infecções, à obesidade, à hipertensão e ao diabetes, além de provocar o envelhecimento precoce. Melhor dormir...

- Exercícios/desafios - Ao reagir a uma novidade, ao desafio, a atividade neural aumenta melhorando a saúde geral do cérebro.

A gente até se lembra que fazer pequenas mudanças na rotina é uma maneira de deixar o cérebro em forma. Mas nem sempre faz... E deixar o cérebro em forma é tudo o que queremos para melhorar nosso desempenho em todas as áreas da nossa vida.

Existe uma sequência natural, e inteligente, para ligarmos o cérebro diariamente, ativá-lo e usá-lo bem. São três etapas sugeridas pela Conceição Trucom: ligar, desobstruir os fios e turbinar.

1. Ligar - água + oxigênio.
Ou seja: beber muita água para manter o corpo hidratado e respirar bem, de maneira ampla e irrestrita, para melhorar o desempenho de todas as funções vitais.

2. Desobstruir os fios.
Riso, bom humor + exercícios de relaxamento e alongamento.

Traduzindo: prazer nas suas atividades e exercícios de relaxamento e alongamento que tonificam os músculos e eliminam resíduos químicos indesejáveis que foram produzidos durante o esforço e ficaram acumulados. Num processo de relaxamento, a mente se esvazia de todo o pensamento alheio e indesejável, como sentimentos de raiva, frustração, rancor e se concentra totalmente na recuperação e no bem-estar corporal. O relaxamento pode ser feito durante o alongamento ou independentemente, praticando-o em qualquer momento e lugar.

3. Turbinar.
Atividade física + exercícios de integração dos dois hemisférios.

A prática de exercícios tem grande influência sobre o cérebro, eles favorecem o bombeamento de sangue, o que significa mais oxigênio para as células da massa cinzenta.

“Os bons efeitos dos exercícios, sobretudo os aeróbicos, vão muito além de um corpo firme e forte. Pesquisas comprovam que eles estimulam a memória. A capacidade de reter informações não é o único ganho proporcionado pelos exercícios, "eles beneficiam o sistema neurológico como um todo", diz o médico Arnaldo José Hernandez, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Além de deixar o raciocínio tinindo, manter-se ativo fisicamente ajudaria a evitar e até tratar certas doenças neurológicas. Alguns trabalhos defendem que mexer o corpo com regularidade diminui os riscos, por exemplo, de pequenos derrames, aqueles que às vezes nem são notados na hora H, mas que atrapalham a cognição, ou seja, a capacidade de assimilar conhecimento.”

E fazer exercícios que integrem os dois hemisférios, razão e emoção, trabalha o corpo caloso do cérebro, que é um tecido ou ponte de integração entre eles. Um exemplo é o salto cruzado, faz-se um X com braços e pernas, coordenando os movimentos de forma que o braço e a perna oposta mexam ao mesmo tempo. A mão direita busca tocar o joelho esquerdo, que levanta e também tenta tocar a mão direita. Quando os seus hemisférios cerebrais trabalham juntos, sua mente fica totalmente aberta para aprender novas informações.

Se mexer estimula a liberação de endorfina, uma substância que traz a sensação de alívio e bem-estar, melhorando o humor, a auto-estima, reduzindo a chance de problemas de depressão, tristezas e desânimos. Ótimo para sua saúde, maravilhoso para sua qualidade de vida.

Diminuir o estresse, a tensão, a ansiedade, as pessoas podem até não se exercitar por isso, mas certamente esse é um dos resultados diretos.

Vamos à prática?

Fonte: Érima de Andrade. COFFITO: RJ 4284-LTF

Terapeuta Ocupacional cadastrada no Help Saúde.

Fonte: http://blog.helpsaude.com/

Postado por: Leonardo Araújo

sábado, 29 de outubro de 2011

Conferências de saúde? Para quê?



por Daniel Chutorianscy*

Em primeiro lugar, o que são as Conferências de Saúde? As municipais, que deveriam ser realizadas em todos os municípios do país; as estaduais, em todos os estados; e a nacional. Todas acontecem a cada quatro anos, há aproximadamente cinqüenta anos, com três segmentos: os profissionais de Saúde, os trabalhadores de Saúde e a população, sendo os delegados eleitos paritariamente ao final de cada Conferência, da municipal para a estadual e desta para a nacional.

Mas conferenciar sobre o quê? A cada Conferência que se segue, é cada vez mais complicado e difícil o acesso e a divulgação; a cada Conferência faz-se uma listagem imensa de reivindicações justas, que geralmente não são atendidas pelos gestores ou pelos governos municipal, estadual e federal, gerando uma imensa frustração a cada quatro anos, ou seja, o que se reivindicou virou de “cabeça para baixo”. É o mal-estar causado pela Saúde que a população deseja, contra a ganância dos lucros através da Doença.

Não vejo mais sentido sobre o que conferenciar, basta do diálogo unilateral e ultrapassado de antigas e justas reivindicações que nunca acontecem, ou melhor, acontecem justamente no sentido inverso: a privatização e extinção do Serviço Público com as famigeradas OSS (Organizações Sociais(?) de Saúde), que nada mais são do que empresas privadas.

Não vejo mais sentido sobre o que conferenciar quanto à crescente falta de verbas para a Saúde, a Educação, a Cultura etc. etc., com a antiqüíssima justificativa “não temos recursos”, porém, com o pagamento de mais de 50% do PIB (aquilo que todo o país produz) para os banqueiros e multinacionais. Para isso, nunca faltam recursos e o pagamento é feito sempre no prazo certo.

Conferenciar sobre o quê? A corrupção desenfreada na área da Saúde, o mar de lama e esgoto, de desvios astronômicos, sem nenhuma punição? Como se fosse a coisa mais normal do mundo desviar recursos da Saúde, sem a menor fiscalização? Será isso por acaso? A população que reivindica atenção primária, secundária e terciária nas Conferências continua sendo aviltada, massacrada, com o que resta das instituições públicas, totalmente decadentes, “caindo aos pedaços”, além dos salários indignos dos funcionários. A imensa corrupção não deixa chegar na “ponta” (as Unidades de Saúde) o mínimo: gaze, esparadrapo, filme de raio-x…

Como o mais votado delegado no setor Trabalhadores de Saúde na última Conferência Municipal de Saúde de Niterói-RJ, fui eleito para a Conferência Estadual, no momento em que o governo do estado do Rio de Janeiro e a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro aprovaram leis que privatizam os serviços de Saúde, o que vai desencadear uma cascata de leis de igual teor e terror nos demais estados brasileiros, desembocando no Governo Federal. Mídias adestradas, câmaras de vereadores e deputados obedientes só facilitam esse processo de adoecimento das instituições e da população.

Conferenciar sobre o quê, se as administrações dos hospitais e Unidades de Saúde serão privatizadas e terão “duas entradas, duas portas” – uma para quem possui recursos, outra para o “povão”?

Não é preciso conferenciar para saber o que vai acontecer… Não é preciso conferenciar para entender que o hospital público funcionando adequadamente fecha qualquer instituição privada a sua volta. Portanto, para o modelo capitalista-neoliberal, adoecer e “cancerizar” a instituição pública é necessidade vital.

Chega de enganação, de ficar “ganhando tempo”. A minha posição pode parecer radical, respeito as demais, mas não faz sentido ir a mais uma Conferência. Nego-me a ir.

Conferenciar, dialogar com quem? Com aquele que necessita da doença, da barbárie, da dor, da perversidade, do lucro, da ganância, pressupondo nossa alienação, pressupondo nossa total ou parcial perda de consciência, em um país onde há a mais alta taxa de juros do planeta, salários aviltantes, justiça precaríssima, doenças crônicas e sócio-sanitárias em escalas assustadoras, falta de informação, prevenção, medicamentos, equipamentos?

País campeão mundial em acidente vascular cerebral, em consumo de agrotóxicos, mas que para as elites proporciona cada vez mais conforto, recursos, boa educação, bons laboratórios, medicamentos, equipamentos… Um outro mundo?

Chega de Conferências, queremos “pular a cerca”, derrubá-la, romper o arame farpado que nos separa da Saúde. A minha forma de protestar pode não ser a da maioria, que respeito, é assumir e resguardar as nossas Unidades de Saúde antes que nos sejam tomadas definitivamente. Não é conferenciando com alguém “invisível”, que nunca nos deu atenção, nem vai dar, e que só quer ganhar tempo e nos desgastar, nos “adoecer”.

A nossa saúde clínica e social depende da posição que tomarmos. Vamos à luta. O que perderemos? Poderemos perder se ficarmos paralisados. Aí, sim, estaremos perdidos. Ir à luta nas ruas, nas unidades de saúde, repetindo o papel de mil cidades no mundo, que protestaram e assumiram sua posição contra a opressão do capitalismo selvagem que barbariza este planeta.

Não será conferenciando eternamente com o inimigo que se vai resolver a questão. Ninguém quer adoecer, mas esse inimigo perverso e cruel precisa e quer nos adoecer.

A população brasileira quer, ou melhor, exige que as unidades de saúde públicas funcionem como devem, com bons serviços, voltadas para a justiça social, para a democracia, excluindo os “chupadores de sangue”, gananciosos e sedentos de lucros.

A população brasileira quer, ou melhor, exige que seja cumprido o primeiro princípio do Direito: a vida. Vida é Saúde, Saúde é transformação social e as transformações exigem sacrifícios.

Já conferenciamos demais. Agora, é hora das ações.

* Daniel Chutorianscy é médico.

** publicado originalmente no site Correio da Cidadania.

http://www.correiocidadania.com.br/

Fonte: http://www.envolverde.com.br/



Postado por: Leonardo Araújo

Pesquisa mostra por que ficamos de mau humor quando estamos com fome





Você fica de mau humor quando está com fome e não sabe por quê? A resposta pode estar nos níveis de serotonina – hormônio que ajuda a regular o comportamento – no cérebro. De acordo com um estudo publicado no periódico Biological Psychiatry, eles “flutuam” quando as pessoas estão estressadas ou há muito tempo sem comer e isto afeta regiões cerebrais que permitem às pessoas controlar a própria raiva.

“Estudos anteriores já relacionavam a serotonina à agressividade, mas apenas hoje alcançamos a tecnologia necessária para examinar o cérebro e estudar o quanto a serotonina nos ajuda a regular nossos impulsos emocionais. Combinando uma longa tradição em pesquisa comportamental com novas tecnologias, finalmente fomos capazes de elucidar o mecanismo pelo qual a serotonina pode influenciar a agressividade”, diz a coautora do estudo, Molly Crockett, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

Os pesquisadores controlaram a dieta de voluntários saudáveis para manipular os seus níveis de serotonina. Os cérebros dos participantes foram então escaneados por meio de exames de ressonância magnética funcional (RMf) enquanto eles observavam rostos com expressões que indicavam raiva, tristeza e neutralidade, para determinar como várias partes de seus cérebros reagiram e se comunicavam umas com as outras.

Controle da raiva

O estudo revelou que baixos níveis de serotonina deixaram as comunicações entre determinadas partes do cérebro mais fracas do que o normal. Os pesquisadores concluíram que, quando isso acontece, pode ser mais difícil para o cérebro controlar as respostas emocionais de raiva.

Os participantes também responderam a um questionário de personalidade para avaliar se eles tinham ou não uma tendência natural para a agressividade. De acordo com o estudo, aqueles que estavam predispostos a serem agressivos tinham uma comunicação ainda mais fraca entre certas regiões do cérebro quando os níveis de serotonina estavam baixos.

Para os autores, as descobertas podem ser aplicadas a uma variedade de transtornos psiquiátricos em que a violência é um problema comum, como o transtorno explosivo intermitente (TEI), que é caracterizado por explosões de extrema e incontrolável violência.

“Estamos esperançosos de que nossa pesquisa possa levar a melhores diagnósticos, bem como a melhores tratamentos para estas e outras condições”, finaliza Luca Passamonti, que também colaborou com a pesquisa.

Com informações da University of Cambridge.

** Publicado originalmente no site O que eu tenho.
http://oqueeutenho.com.br/18959/pesquisa-mostra-por-que-ficamos-de-mau-humor-quando-estamos-com-fome.html




Postado por: Leonardo Araújo

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

As idas e vindas do imposto da saúde


por Magno Karl*
A discussão sobre o futuro da saúde pública brasileira parece ser uma grande brincadeira para Dilma e seus ministros.

A discussão sobre o futuro da saúde pública brasileira parece ser uma grande brincadeira entre representantes do governo, imprensa e a pequena parcela da população que ainda tenta acompanhá-la. A presidente e seus ministros parecem ter dificuldades para discutir os seus planos abertamente e divulgam semanalmente mensagens conflitantes sobre que atitudes tomarão nos próximos meses. A exemplo da célebre frase de Chacrinha, Dilma e seus ministros parecem ter vindo para confundir e não para explicar.

Durante a campanha eleitoral, Dilma era contra um novo imposto. Depois, ficou a favor. Em seguida, criticou a CPMF, e disse que não gostava de aumentar impostos, mas que novos recursos teriam que ser encontrados em algum lugar.

Na semana passada, a ministra Ideli Salvatti afirmou que a nova fonte de financiamento para a saúde pública brasileira teria que ser um novo imposto. Na mesma semana, em entrevista à Rede Record, Dilma descartou a criação de novos impostos, pelo menos no momento, e disse que os governos precisam provar à população que conseguem solucionar os problemas de gestão dos recursos já existentes: “Tem um problema sério de gestão sim. A gente tem recursos e o uso desse recurso tem de ser melhorado”, disse a presidente, ao ser questionada pelo apresentador se dava para melhorar a saúde do Brasil e se era necessário um novo imposto para isso.

A admissão da presidente Dilma Rousseff de que a saúde brasileira têm problemas de gestão que poderiam ser melhorados já é um avanço. Inflados pela relativa boa fase da economia, alguns políticos deixaram que empolgação entrasse no caminho do bom senso. Lula falou no sistema de saúde “quase perfeito” do Brasil. Dilma disse em seu discurso na ONU que o Brasil “vive praticamente um ambiente de pleno emprego”.

Fazer mais coisas com a mesma quantidade de recursos não é tarefa simples para os integrantes do governo. Em tempos de dificuldade, é mais fácil apelar para um aumento de receitas do que tentar racionalizar os gastos. A exemplo do que disse na entrevista para a Record a presidente Dilma precisa esquecer a criação de novos impostos. Agora, ela precisa, antes de tudo, pensar nos bilhões de reais que o governo já tem em seu poder e na melhor forma de investi-los. Esse sim deve ser o primeiro passo.

* Magno Karl é cientista social pela UFRJ, é tradutor e assistente de pesquisas de OrdemLivre.org.

** Publicado originalmente pelo OrdemLivre.org e retirado do site Opinião e Notícia.

http://opiniaoenoticia.com.br/brasil/politica/as-idas-e-vindas-do-imposto-da-saude/?ga=dtf

Fonte: http://envolverde.com.br/

Postado por: Leonardo Araújo

Para quem come bem, suplementos de vitaminas e sais minerais podem mais atrapalhar do que ajudar


Mesmo sabendo que uma dieta equilibrada fornece uma quantidade suficiente de vitaminas e sais minerais, uma boa parcela da população lança mão de suplementos alimentares com a intenção de promover o bem-estar e prevenir doenças. Em alguns países desenvolvidos, como é o caso dos Estados Unidos, esse consumo faz parte da vida de até mais da metade da população. Entretanto, as evidências científicas dos benefícios à saúde desses suplementos estão longe de serem conclusivas.

Nesta última semana, o Archives of Internal Medicine, periódico da Academia Americana de Medicina, publicou mais um estudo apontando que, quando o assunto é vitaminas e sais minerais, MAIS pode ser MENOS. Cerca de 40 mil mulheres americanas com uma média de idade de 61 anos foram acompanhadas por quase 20 anos. Aquelas que faziam uso de suplementos de vitaminas e sais minerais apresentaram uma maior chance de morrer do que as que não usavam. Os que se mostraram mais na contramão da saúde foram os complexos multivitamínicos, vitamina B6, ácido fólico, magnésio, cobre, zinco e ferro. Muitos outros microelementos não demonstraram qualquer associação com a longevidade, nem para o mal, muito menos para o bem.

O uso dos suplementos era comparável entre as mulheres com ou sem doenças no início do estudo, mais especificamente câncer, diabetes e doenças cardiovasculares. Além disso, no decorrer do estudo, as mulheres que tiveram esses diagnósticos não passaram a usar mais suplementos, sugerindo que não faz muito sentido o argumento de que as mulheres que usavam suplementos morreram mais precocemente porque eram mais doentes.

Esses resultados não estão isolados. Nesta mesma semana o periódico JAMA publica outro estudo evidenciando maior risco de câncer de próstata entre homens que fazem uso de suplementos de vitamina E. Essas pesquisas somam-se a um grande corpo de evidências que coloca em xeque o valor da prática de prevenção de doenças através das cápsulas de vitaminas.

A conclusão dos autores do presente estudo é aquilo que nosso Conselho Federal de Medicina (CFM) preconiza: os suplementos de vitaminas e sais minerais só devem ser utilizados em situações de comprovada deficiência nutricional. O CFM ainda acrescenta na sua última resolução sobre o assunto do ano de 2010: medidas higiênicas, dietéticas e de estilo de vida não podem ser substituídas por qualquer tratamento medicamentoso, suplementos de vitaminas, de sais minerais, de ácidos graxos ou aminoácidos.

* Ricardo Teixeira é doutor em Neurologia e pesquisador do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Dirige o Instituto do Cérebro de Brasília.

** Publicado originalmente no blog do autor ConsCiência no Dia-a-Dia.
http://consciencianodiaadia.com

(Blog ConsCiência no Dia-a-Dia)

Fonte: http://envolverde.com.br

Postado por: Leonardo Araújo

domingo, 23 de outubro de 2011

Estresse, um inimigo silencioso e perigoso




por Roberto Debski*

Correria, pouco tempo para se alimentar, pouquíssimo tempo para o lazer… Quem não se perde na agitação do dia a dia? Mas, cuidado! O ritmo alucinado e o pouco tempo para cuidar da saúde física e mental podem abrir espaço para um inimigo silencioso e perigoso: o estresse.

O estresse é uma síndrome geral de adaptação, que existe para que nos adequemos aos desafios que a vida nos traz. Devido ao modo de vida do homem contemporâneo, o estresse pode ter graves consequências físicas e emocionais e é um problema crescente de saúde pública. Sua incidência vem aumentando progressivamente na população como um todo, em todas as idades, inclusive em crianças e em todos os grupos sociais e profissionais.

Ele se caracteriza por diversas fases que evoluem progressivamente em gravidade, se não forem tratadas adequadamente. A primeira fase, chamada de alerta, é o estresse agudo, muito útil, porque nos prepara para enfrentar os perigos e desafios do dia a dia e apresenta os sintomas da chamada reação de “fuga ou luta”, nos dá uma descarga de adrenalina, como, por exemplo, quando temos de fugir de um cão feroz ou de um carro que vem em nossa direção. Esta fase deveria se resolver rapidamente com a solução do problema que a ocasionou e com a volta do organismo à situação original.

No entanto, o estresse como doença ocorre porque, na atualidade, as ameaças que percebemos são constantes e contínuas, não conseguimos solucionar os problemas e preocupações do dia a dia, e estes se acumulam, seja no âmbito profissional, pessoal ou familiar. Este acúmulo faz com que o estresse evolua para a fase seguinte, chamada de fase de resistência, quando se torna crônico. Nesta segunda fase, entre os sintomas estão alterações no sistema imunológico levando a uma baixa resistência e facilidade para adquirir infecções, gastrite, úlceras e alterações digestivas, alterações da memória, da atenção, concentração e produtividade, alterações do apetite, do humor e aumento de irritabilidade, insônia e demais alterações do sono, disfunção erétil, alterações do desejo sexual e envelhecimento precoce.

Se o estresse não for tratado nesta fase e continuar a evoluir, chegará finalmente à fase final de exaustão, quando doenças graves como o câncer e até a morte podem ocorrer pelo esgotamento do sistema imunológico e dos mecanismos de adaptação e defesa.

Por esse motivo a prevenção é sempre mais inteligente e efetiva, seja no plano pessoal ou empresarial. O que podemos e devemos fazer no nível pessoal para modificar este quadro é adquirir mais recursos para que aumentemos nossas condições de lidar com os problemas de modo mais equilibrado e harmonioso, pois eles certamente continuarão existindo, novos aparecerão e seremos cada vez mais solicitados pelo mundo a resolvê-los.

Devemos tratar de nossa saúde de maneira holística, integrando o corpo e a mente, o emocional e o espiritual, com especialidades como homeopatia, acupuntura, medicina ortomolecular ou mesmo uma abordagem clínica convencional com foco na pessoa como um todo, aprendendo como melhorar a qualidade da nossa alimentação e praticando atividade física, vivenciando momentos de lazer, procurando sempre trabalhar numa profissão que nos dê prazer e faça sentido para cada um de nós. Vivenciando relações afetivas em que sejam priorizados o amor, a amizade e a intimidade, transformando e ampliando nossos valores e crenças pessoais, aumentando nossa flexibilidade e autoestima. Questione sempre seus pensamentos e sentimentos quando estes lhe levarem ao desânimo, à irritabilidade e à ansiedade. Respire profundamente várias vezes, entre em contato com sua intuição, pense antes de agir precipitadamente e faça as melhores escolhas. Nossa energia flui para onde nossa atenção está.

* Roberto Debski é médico especialista em homeopatia e acupuntura, psicólogo, coach e trainer internacional em programação neurolinguística (PNL).

** Publicado originalmente no site Saúde em Pauta Online.
http://www.saudeempautaonline.com.br/categoria/6/artigos/370/Estresse-um-inimigo-silencioso-e-perigoso.aspx

(Saúde em Pauta Online)
Fonte: http://envolverde.com.br/



Postado por: Leonardo Araújo




quinta-feira, 20 de outubro de 2011

“O SUS nos tornará mais humanos e, portanto, mais brasileiros”




por Redação IHU

O orçamento da Seguridade Social, embora formalizado em todas as leis orçamentárias, jamais foi executado, constata a médica sanitarista Ligia Bahia.

“Considero que o Sistema Único de Saúde – SUS nos tornará mais humanos e, portanto, mais brasileiros, na medida em que nos convencermos que a saúde é necessariamente um bem coletivo tal como deve ser a educação e outras políticas sociais”. A opinião é da médica sanitarista Ligia Bahia, em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line. Para ela, “temos um sistema universal definido na legislação. Mas a denominada nova classe média pretende consumir planos privados de saúde. O aprofundamento da segmentação do sistema de saúde brasileiro virá acompanhado de mais injustiça e discriminação, porque os planos privados destinados aos novos contingentes de consumidores têm coberturas reduzidas e baixa qualidade assistencial”.

Médica-sanitarista, Ligia Bahia é doutora em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz e professora adjunta da Faculdade de Medicina e do Núcleo de Estudos de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem graduação em Medicina pela UFRJ e mestrado em Saúde Pública pela Fiocruz.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – O que é preciso para “convencer a sociedade sobre o Sistema Único de Saúde – SUS”?

Ligia Bahia – Considero que o SUS nos tornará mais humanos e, portanto, mais brasileiros, na medida em que nos convencermos que a saúde é necessariamente um bem coletivo tal como deve ser a educação e outras políticas sociais. Ainda há setores da sociedade que enxergam a saúde como mero objeto de consumo. Isso é um grave equívoco, porque estamos submetidos a riscos coletivos como ocorre, por exemplo, com os alimentos que ingerimos com agrotóxicos. E também ao sermos atendidos em serviços de saúde que recebem como input processos coletivos, como é o caso da formação de recursos humanos para a saúde. A recente doença de uma personalidade internacional como o Steve Jobs explicita claramente que a saúde não é “comprável”.

IHU On-Line – Quais os rumos do SUS, em sua opinião? Caminhamos para um apartheid na saúde ou estamos mais perto de organizar um sistema nacional de saúde abrangente e igualitário?

Ligia Bahia - Estamos no meio do caminho. Temos um sistema universal definido na legislação. Mas a denominada nova classe média pretende consumir planos privados de saúde. O aprofundamento da segmentação do sistema de saúde brasileiro virá acompanhado de mais injustiça e discriminação, porque os planos privados destinados aos novos contingentes de consumidores têm coberturas reduzidas e baixa qualidade assistencial.

IHU On-Line – Como concilia os sistemas privado e público de saúde o cidadão brasileiro que assim o pode? Como se dá essa mistura entre público e privado na saúde?

Ligia Bahia - De muitas maneiras. A mais visível é usar o SUS para a realização de procedimentos de alto custo não cobertos pelos planos privados. E a menos detectável é o fato de serem os mesmos profissionais que atuam em ambos os subsistemas. Além disso, quem paga plano privado de saúde pode abater os gastos no pagamento de impostos.

IHU On-Line – Como vê a Emenda Constitucional n. 29? Concorda que não há a necessidade de um novo imposto para financiar a saúde no Brasil?

Ligia Bahia - Penso que a primeira tarefa é buscar reorientar os recursos disponíveis. A Constituição criou duas novas fontes de receitas para a seguridade social que, somadas às anteriores, deveriam financiar saúde, Previdência Social e Assistência Social. O uso desses recursos foi desviado de sua finalidade. O orçamento da Seguridade Social, embora formalizado em todas as leis orçamentárias, jamais foi executado.

IHU On-Line – Como pode ser implementada a política de ressarcimento ao SUS?

Ligia Bahia - Seria necessário que houvesse a identificação dos pacientes por meio de um código para que o atendimento de clientes de planos de saúde fosse rastreado. O Brasil dispõe de sistemas de informação bem sofisticados em outras áreas. O ressarcimento não ocorre porque há muita resistência por parte das empresas de planos e seguros de saúde. Se o ressarcimento for viabilizado, teríamos a exata noção dos problemas de coberturas dos planos privados.

Fonte: http://envolverde.com.br/


* Publicado originalmente no site IHU On-Line.
http://www.ihu.unisinos.br/


Postado por: Leonardo Araújo

Otimismo em excesso está relacionado a “erro” em área do cérebro, diz estudo




Para algumas pessoas, o copo está sempre metade cheio. Mesmo com seu time em último lugar na tabela do Campeonato Brasileiro de futebol, ele está convencido de que ainda tem uma chance de ir à Libertadores. Por que mesmo com o fracasso iminente algumas pessoas se mantêm tão otimistas?

A resposta está no cérebro, mais especificamente em um erro na forma como se processam as informações nos lobos frontais. É o que mostra um estudo divulgado no periódico Nature Neuroscience.

Dezenove voluntários foram apresentados a 80 situações negativas como roubo de carro ou doença de Parkinson e deveriam estimar a probabilidade de tais eventos acontecerem em suas vidas no futuro, enquanto submetidos a exame de ressonância magnética funcional (RMf). Em seguida, os pesquisadores mostraram a eles a real probabilidade de tais eventos acontecerem.

Em seguida, após o exame, os participantes poderiam reajustar suas estimativas com as novas informações recebidas. Eles também responderam a questionários que tinham por objetivo medir seus níveis de otimismo.

Tendência foi melhorar a realidade dos fatos

Os pesquisadores descobriram que as pessoas, de fato, atualizaram suas estimativas com base nas informações oferecidas, mas somente quando esta era melhor que o esperado. Por exemplo, se eles tinham previsto que a sua probabilidade de sofrer de câncer foi 40%, mas a probabilidade média era de 30%, eles ajustaram a sua estimativa para 32%. Se a informação era pior que o esperado, eles tenderam a ajustar sua estimativa para muito menos, como que ignorando os dados.

Os resultados das tomografias sugerem o motivo. Todos os participantes mostraram aumento da atividade nos lobos frontais do cérebro quando a informação dada era melhor do que o esperado. No entanto, quando a informação era pior do que o estimado, quanto mais otimista o participante era (de acordo com o questionário de personalidade), menor era a atividade nesta região. Ou seja, a informação era codificada de forma menos eficiente, sugerindo que eles estavam ignorando as evidências apresentadas.

De acordo com um dos autores do estudo, Tali Sharot, da Universidade de Londres, no Reino Unido, os resultados sugerem que nossa memória é seletiva. “Nós escolhemos a informação que recebemos. Quanto mais otimistas, menos somos influenciados por informações negativas. Isso pode trazer benefícios para nossa saúde mental, mas existem também desvantagens óbvias. Muitos especialistas acreditavam que a crise capitalista de 2008 foi superestimada precipitadamente por analistas, quando os fatos mostravam o contrário”, finaliza.

Com informações da University College London.

Fonte: http://envolverde.com.br/






Postado por: Leonardo Araújo

Uma nova guerra dos medicamentos?




por Daniela Frabasile*

Produção da China e Índia ameaça oligopólio que controla indústria farmacêutica. Países ricos querem recorrer a patentes para conservar poder.


Marcada em 2011 pela abertura do debate sobre o reconhecimento do Estado Palestino, a Assembleia Geral das Nações Unidas deste ano foi precedida, como de costume, por uma série de encontros menos cercados de glamour e holofotes. Um destes eventos, a reunião de alto nível da ONU sobre doenças crônicas não transmissíveis, apareceu na mídia brasileira apenas devido a um discurso da presidente Dilma Roussef – que defendeu a quebra das patentes farmacêuticas. Apesar de pouco visível, o encontro é parte de um processo de decisões internacionais que pode decidir o futuro de centenas de milhões de pessoas e sacudir uma das indústrias mais ricas e poderosas do mundo: a de medicamentos.

A possível reviravolta está sendo armada há alguns anos. Laboratórios chineses e indianos, que já são responsáveis por boa parte dos remédios consumidos no mundo, deram um passo adiante: estão prestes a dominar os processos tecnológicos que permitem produzir drogas mais sofisticadas. São remédios de última geração e grande potência, fundamentais para tratar doenças como certos tipos de câncer e diabetes. Para disputar o mercado da saúde, os novos produtores anunciam que reduzirão dramaticamente os preços hoje vigentes – o que permitiria que os fármacos chegassem a um público hoje sem acesso a eles. As empresas que dominam a produção mundial (localizadas na América do Norte e Europa) resistem. Sua arma principal não é industrial, mas jurídica. Elas querem evitar que câncer e diabetes sejam tratados pelo direito internacional como epidemias, o que permitiria quebrar patentes e colocaria chineses e indianos em condições de oferecer produtos a governos e consumidores finais em todo o mundo.

O controle que poucas empresas transnacionais exercem sobre a produção de medicamentos apoia-se em dois pilares. O primeiro é tecnológico. As doze maiores empresas da área farmacêutica e de biotecnologia mantiveram, durante décadas, uma clara dianteira sobre todas as demais. Estão todas situadas nos Estados Unidos (Johnson, Pfizer, Abbott, Merck, Eli-Lilly e Bristol-Meyers-Squibb), Suíça (Roche e Novartis), França (Sanofi), Reino Unido (GlaxoSmithKline e Astra) ou Alemanha (Bayer Farmacêutica). Faturam anualmente entre 18 e 60 bilhões de dólares. Afirmam investir em pesquisa e desenvolvimento algo entre 2,5 e 9,5 bilhões de dólares ao ano.

O segundo pilar é simbólico. Envolve leis, marcas, publicidade, imagem. Até o final da década de 1970, quase nenhum país admitia patentes sobre medicamentos. Criada em 1993, a Organização Mundial do Comércio (OMC) tem, entre seus acordos básicos, o TRIPS (Acordo Relativo aos Aspectos do Direito da Propriedade Intelectual Relacionados com o Comércio, na sigla em inglês). Ele obriga os 153 países-membros a proteger a “propriedade intelectual” dos laboratórios por no mínimo vinte anos. Uma vez patenteado por uma empresa, um medicamento não pode ser produzido por nenhuma outra, durante este período. Genéricos são proibidos. A exclusividade permite impor preços leoninos.

Ela esbarra, porém, num obstáculo: em todo o mundo, as sociedades reivindicam com cada vez mais força o acesso aos remédios mais sofisticados, muitas vezes necessários a garantir sua vida. Os Estados, principalmente os mais empobrecidos, têm dificuldades em arcar com os custos desta reivindicação. Um exemplo eloquente: desde o início dos anos 1980, o Brasil assegura, a todos os portadores do vírus HIV, o coquetel de drogas necessário para evitar ou controlar os efeitos da AIDS. Dezenas de nações africanas, onde a epidemia da doença é muito mais aguda, não são capazes de assegurar o mesmo direito.

Desde 2001, surgiu uma brecha para amenizar o problema. Por meio de uma resolução hoje conhecida como “Declaração de Doha”, o OMC flexibilizou as patentes farmacêuticas. Os países-membros têm o direito de quebrá-las, por decisão de seus governos. Só podem fazê-lo, contudo, sob certas condições. Segundo o texto do documento, sempre que for necessário “assegurar o acesso de todos aos medicamentos”. De acordo com uma jurisprudência construída a partir de 2003, porém, tal faculdade só abrangeria situações de emergência nacional ou epidemias de doenças transmissíveis. Mais uma vez, o exemplo mais concreto é o da AIDS. O próprio Brasil serviu-se algumas vezes da Declaração de Doha para quebrar as patentes de alguns dos fármacos que compõem o coquetel, ou para pressionar as corporações que as detêm a reduzir drasticamente os preço praticados.

Embora provoque cerca de 2 milhões de mortes ao ano, 11 mil no Brasil, a AIDS incide sobre uma parcela relativamente reduzida da população mundial. Muito mais presentes são doenças como o câncer, o diabetes, as patologias cardíacas. Há muito, a indústria farmacêutica volta-se para elas. Tem alcançado progressos notáveis em seu tratamento. Obtém lucros astronômicos. A Roche, por exemplo, fatura 19 bilhões de dólares por ano – metade de suas vendas – graças ao Rituxan, Avastin e Herceptin, todos para tratamentos do câncer. As vendas crescem mais rápido nos países emergentes, onde as sociedades têm alcançado novas conquistas no acesso aos medicamentos. Após decisões judiciais, o México passou a dispender 120 milhões de dólares anuais com o Herceptim, capaz de combater cânceres de mama em estágio avançado, ou que resistem a outras drogas.

Oriente médico

Um elemento essencial deste cenário começou a mudar, há alguns anos, conforme conta matéria recente do repórter Gardiner Harris, no New York Times. Laboratórios chineses e indianos parecem ter-se capacitado para entrar no mercado das drogas mais sofisticadas. Não são principiantes. Já produzem, segundo o jornal, cerca de 80% dos ingredientes ativos das drogas consumidas no mundo. O que parecem estar desenvolvendo agora é a tecnologia necessária para sintetizar os medicamentos mais potentes e caros.

Além de sacudir o mercado farmacêutico mundial, este possível passo adiante pode revolucionar o acesso das populações a medicamentos necessários para salvar dezenas de milhões de vidas. As indústrias de remédios chinesas e indianas produzem e vendem muito mais barato que suas congêneres norte-americanas e europeias. Seja por motivos estratégicos (atender a políticas de saúde de seus governos, dos quais são muito dependentes), ou por estratégias de negócio (conquistar fatias do mercado mundial hoje em poder das companhias líderes), elas têm derrubado as cotações. Há uma década, o presidente da Cipla, a gigante farmacêutica indiana, deixou atônitos e incrédulos os especialistas do setor ao anunciar que rebaixaria o preço do coquetel anti-AIDS a 1 dólar por dia. Hoje, a Cipla cobra, pelas drogas, US$ 0,20 ao dia – o que tornou o tratamento acessível a cerca de 6 milhões de pessoas, na África e Ásia.

Se o que chineses e indianos anunciam for verdadeiro, faltará apenas um obstáculo para mudar o mercado mundial de medicamentos e o acesso das populações à saúde: será preciso ampliar a janela aberta pela OMC em 2001. Ela precisa permitir também que as patentes sejam quebradas por Estados dispostos a assegurar o direito à Saúde também em casos de doenças não transmissíveis – responsáveis por 63% dos óbitos mundiais em 2008 (72% no Brasil).

É esta a batalha travada na reunião da ONU sobre doenças crônicas, da qual a presidente Dilma participou. O encontro não foi conclusivo. Segundo prevê James Love, da ONG Knowledge Ecology International (Kei), num artigo para a Al Jazeerra, a disputa deverá ser longa, acirrada e espalhar-se por distintos fóruns e instituições internacionais.

Em defesa de suas corporações, os governos dos Estados Unidos e a União Europeia aferram-se ao Trips e às normas rígidas da OMC. Sua estratégia prevê incluir, nos tratados comerciais firmados com países mais pobres, cláusulas que tornam ainda mais draconiana a proteção da “propriedade intelectual”.

Em contrapartida, um número cada vez maior de organizações da sociedade civil, governos e mesmo empresas do Sul invocará o direito à Saúde, e tentará torná-lo real em seus espaços nacionais e nos fóruns da ONU. Na Índia, já tramitam pedidos de quebra compulsória das patentes sobre diversos remédios. No Brasil, a fala de Dilma Rousseff na ONU é encorajadora – embora ainda não tenha se desdobrado em fatos mais concretos. Mas as manifestações não se limitarão aos BRICS. Ainda em 2009, conta James Love, Bolívia, Bangladesh e Suriname propuseram que a ONU considerasse “formas inteiramente novas” de custear a pesquisa de drogas contra o câncer.

Em seu artigo, Love não desconsidera a importância da pesquisa científica, nem de assegurar seu financiamento. Propõe que se quebre uma relação perversa e antinatural. A inovação tecnológica, diz ele, tem de estar associada à democratização do acesso – nunca opor-se a ela. As políticas de comércio internacional precisam promover os dois objetivos simultaneamente, ao contrário do que ocorre hoje. E, por meio de lutas e pressões sociais, os direitos humanos têm se ocupar um papel central, nas políticas de patentes.

Fonte: http://envolverde.com.br


* Publicado originalmente no site Outras Palavras.
http://www.outraspalavras.net/2011/10/14/uma-nova-guerra-dos-medicamentos/


Postado por: Leonardo Araújo

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Hospital das Clínicas dá dicas para encarar o horário de verão

À zero hora deste domingo, 16 de outubro, relógios deverão ser adiantados uma hora

Todo mês de outubro, os brasileiros recebem uma notícia já corriqueira: o início do horário de verão do País, que afeta os estados do Sul, Sudeste e Centro Oeste, além do Distrito Federal. Isso significa dormir e acordar uma hora mais cedo em algumas regiões, fato que exige certa adaptação do ser humano. Segundo o médico Arnaldo Lichtenstein, do Hospital das Clínicas da FMUSP, unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde, o melhor sono ocorre duas a três horas depois de escurecer.

Segundo ele, o hormônio regulador do sono "melatonina", acionado pela falta de luz, é alterado com a mudança de horário. "Para se adaptar ao novo horário, o ideal é evitar situações estimulantes no final da tarde ou na parte da noite", afirma, explicando que quanto mais estímulo maior a dificuldade do organismo em relaxar. Ele observa que outros hormônios, como o cortisol e o hormônio do crescimento, também sofrem variações durante o dia.

Evitar o consumo de café ou chá preto é uma das dicas dadas pelo médico do HC. "Exercícios físicos muito extenuantes também devem ser evitados", observa, citando ainda outras atitudes que podem prejudicar o descanso, tais como se alimentar demais no jantar, ir dormir sem comer, tomar banho muito frio ou muito quente, e ler livros ou ver filmes muito estimulantes nas horas que antecedem o sono. "O horário de verão não é única instância que desequilibra o organismo. Novos turnos de trabalho ou viagens internacionais podem agir da mesma forma", lembra.

Para manter a saúde, esses cuidados com o sono devem ser constantes o ano todo. "Dificuldade de dormir ou de acordar podem predispor o paciente a problemas cardíacos. O infarto, por exemplo, costuma ocorrer algumas horas depois de acordar e, principalmente, na segunda-feira, dia que o estresse comumente aumenta", diz Lichtenstein. Ele lembra que o bom ambiente de sono envolve local silencioso, escuro e arejado, e ressalta que uma boa dica para os dias que antecede à mudança é dormir a cada dia alguns minutos mais cedo.

Segundo o médico, outra dúvida comum é quanto aos horários das medicações. "A orientação é seguir o horário do relógio", diz. E complementa com outra dica: "aproveite o final de tarde e início de noite mais claros para fazer atividades prazerosas e caminhadas".

O horário de verão brasileiro terá início neste domingo, dia 16 de outubro, à zero hora, quando os relógios deverão ser adiantados uma hora.

Publicado por Assessoria de Imprensa em 14/10/2011
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde - Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar - São Paulo -Fone (11) 3066 8000 - CEP 05403-000




Postado por: Leonardo Araújo

Saúde e Ministério Público discutem estrutura do SUS em simpósio

Proposta do evento é debater o funcionamento da saúde pública no estado e a atuação do MP

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e o Ministério Público Estadual promovem nos próximos dias 10 e 11 de novembro, na capital paulista, um simpósio conjunto inédito sobre a estrutura e o funcionamento do SUS (Sistema Único de Saúde) na atualidade.

O objetivo do evento, voltado a membros do Ministério Público brasileiro e Analistas de Promotoria do Ministério Público do Estado de São Paulo, é estimular o debate entre profissionais de saúde, membros do MP e usuários do SUS sobre as diversas interfaces da saúde pública e a defesa dos direitos humanos.

No primeiro dia do evento estão programadas duas palestras sobre a rede pública de saúde. Às 9h, o médico, Renilson Rehem de Souza, consultor da Secretaria, falará sobre o acesso à saúde. Já às 11h, Benedicto Accacio Borges Neto, da Coordenadoria de Regiões de Saúde da pasta, abordará sobre o processo de auditoria na área.

"Trata-se de uma importante iniciativa, que irá proporcionar a discussão e a reflexão sobre a estrutura do SUS tanto em São Paulo quanto no país, bem como a atuação do Ministério Público na defesa dos usuários da rede pública", afirma o secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri.

Com vagas limitadas, a inscrição para o evento acontecerá até o dia 7 de novembro. Mais informações pelos telefones (11) 3017-7782 / (11) 3017-7783 / (11) 3017-7744.

I Simpósio de Saúde Pública do MPSP - Os Desafios Contemporâneos do SUS e a Atuação do Ministério Público

Data: 10 e 11 de novembro de 2011
Local: Centro de Convenções Rebouças - Salão Vermelho
Av. Rebouças, 600 - Cerqueira César - São Paulo
Público-alvo: Membros do Ministério Público Brasileiro e Analistas de Promotoria I (Assistente Jurídico) do Ministério Público do Estado de São Paulo.
Inscrições: http://www.mp.sp.gov.br/portal/page/portal/Congresso_saudepublica/Home
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde - Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar - São Paulo -Fone (11) 3066 8000 - CEP 05403-000

Postado por: Leonardo Araújo

domingo, 16 de outubro de 2011

Campanha da Boa Visão (resultado)













Em 15 de outubro de 2011 a Pastoral da Saúde em parceria com a empresa Evolution na promoção da Campanha da Boa Visão das 9h as 16h com a participação de 57 pessoas sendo que se consultaram apenas 40 com o Dr. Guilherme D. Batista o qual foi muito elegiado pela sua atenção e profissionalismo.


A Pastoral da Saúde sente-se orgulhosa de prestar mais um serviço de qualidade as pessoas que procuraram e agradece ao padre Renato da Paróquia São João Batista, ao Dr. Marcelo e a Márcia e a Silvia da empresa Evolution e a todos os membros da pastoral que ajudaram neste evento.


São ações concretas como esta que nos fazem a acreditar nos nossos propósitos em ajudar as pessoas de nossa comunidade e a praticar as boas ações e testemunhar a fidelidade à doutrina de Cristo.


Este ano teremos mais uma parceria com uma Universidade de nossa região quanto a exames laboratoriais e em breve estaremos divulgando este evento.


Agradecemos a Deus por mais este evento.



Mensagem:


DEUS faz.
Mas você pode colaborar...

Só DEUS pode criar
Mas você pode valorizar o que ele criou.

Só DEUS pode dar a vida
Mas você pode transmiti-la e respeita-la.

Só DEUS pode dar a fé.
Mas você pode dar o seu testemunho.

Só DEUS pode dar a paz.
Mas você pode semear a união.

Só DEUS pode dar a força
Mas você pode apoiar quem desanimou.

Só DEUS pode infundir esperança.
Mas você pode restituir a confiança ao irmão.

Só DEUS pode dar o amor.
Mas você pode ensinar o seu irmão a amar.

Só DEUS pode dar alegria.
Mas você pode sorrir a todos.

Só DEUS é o caminho.
Mas você pode indica-lo aos outros.

SÓ DEUS é a luz.
Mas você pode fazê-la brilhar no mundo.

Só DEUS é a vida.
Mas você pode dar aos outros a alegria de viver.

Só DEUS pode fazer o impossível.
Mas você poderá sempre fazer o que for possível.

Só DEUS pode fazer milagres.
Mas você pode fazer sacrifício.

SÓ DEUS pode fazer a semente do bem germinar.
Mas você pode plantá-la no coração humano.

Só DEUS se basta a si mesmo.
Mas ...ELE preferiu contar com você.


Postado por: Leonardo Araújo

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Campanha da Boa Visão


















A Pastoral da Saúde promove no próximo sábado dia 15/10/2011 das 9hs às 16hs o Dia da Boa Visão, onde a consulta é gratuíta e caso a pessoa queira comprar óculos e as lentes haverá uma empresa pronta a atender as pessoas interessadas, porém vale a pena observar que a pessoa poderá ser atendida pelo oftamologista e levar a sua consulta para fazer em qualquer outra ótica.

Traga a sua família ou uma pessoa que precise e o atendimento será no salão anexo da Paróquia São João Batista no horário acima.



Pastoral da Saúde
Paróquia São João Batista


Postado por: Leonardo Araújo

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Mercados emergentes buscam formas de estimular comportamentos saudáveis







O problema mais espinhoso encarado pelos profissionais de saúde é como atingir o equilíbrio entre a promoção da saúde e a cura de doenças. Como é rotineiramente observado, a prevenção é melhor que a cura – e mais barata também, mas as forças que se alinham contra esse clichê benigno são formidáveis. A profissão médica valoriza mais cirurgiões do que nutricionistas, e a maioria de nós é gananciosa e tem pouca visão: por que renunciar ao êxtase instantâneo de uma barra de chocolate ou aos prazeres do sexo sem proteção quando as recompensas da restrição são tão distantes?

Essa é uma razão pela qual é tão difícil limitar a inflação dos custos de saúde. Prêmios de seguradoras nos Estados Unidos tiveram um aumento de 9% desde 2010. Em economias emergente cultivo s, também, maior prosperidade significa que as pessoas estão comendo mais e se desleixando em escritórios no lugar de suar ao ar livre. Então esses países estão sofrendo crescentemente com doenças de pessoas ricas, como problemas cardíacos e diabetes. A Organização Mundial de Saúde espera que a incidência de doenças não-contagiosas cresça 17% na próxima década.

Alguns políticos estão procurando uma nova ferramenta: economia comportamental. Economistas de comportamento estão mapeando meios para “dar uma empurrãozinho” nas pessoas para que larguem as sobremesas e mastiguem uma maçã no lugar. Ao mesmo tempo a tecnologia está tornando mais fácil para as pessoas se cuidarem. A Philips está desenvolvendo um aplicativo que usa a câmera em um Ipad2 para medir as taxas cardíacas e respiratórias. Você pode também usar mídias sociais para se envergonhar publicamente até entrar em forma. É notável o quanto é muito mais efetivo uma resolução de fim de ano para perder peso se você a torna pública – e concorda em pagar uma prenda se falhar.

Necessidade médica

Talvez surpreendentemente, as iniciativas mais interessantes tem sido desenvolvidas em uma economia emergente: a África do Sul. O grupo Discovery, baseado em Johannesburgo, criou um programa chamado Vitality que aplica as “milhas aéreas” como modelo de saúde. Você ganha pontos se exercitando, comprando comida saudável ou atingindo certos objetivos. Você vai subindo de nível, de azul até dourado, à medida que vai acumulando pontos (recompensas são ajustadas para o seu nível inicial de condicionamento físico para dar a todos a chance de progredir). E você recebe uma mistura de recompensas a curto e longo prazo englobando desde pequenos prêmios até férias exóticas.

A experiência da Discovery impõe um desafio para mercados emergentes. Como podem aplicar o mesmo espírito de inovação nas suas inexperientes políticas de bem estar social? Já que estão mais ou menos construindo tudo a partir do zero, podem experimentar com sistemas públicos, privados e uma mistura dos dois. Governos de mercados emergentes podem aprender com a Discovery e outras empresas que estão usando incentivos judiciosos para estimular as pessoas em direção a um comportamento sensato. A população destes estados será mais saudável por isso, assim como seus orçamentos.

* Publicado originalmente no The Economist
Fonte original: www.economist.com/node/21531407

Tradução: Opinião e Notícia - Fonte retirado:




Fonte: http://envolverde.com.br/


Postado por: Leonardo Araújo









(Opinião e Notícia)

Estudo sugere que o incentivo às refeições em família deve ser visto como algo positivo para a saúde de todos.







“Há poucas coisas que os pais podem fazer pela família, que sejam tão positivas para a saúde, como disponibilizar 20 minutos diários, algumas vezes durante a semana, para juntar todos os membros da família ao redor da mesa e fazer uma refeição”, diz Barbara Fiese, pesquisadora da Universidade de Illinois, cujo trabalho fo publicado no periódico Social Policy Report.

Alguns benefícios indicados pela pesquisadora são o fato de que, de acordo com as pesquisas realizadas pelo Centro para Resiliência Familiar (RFC), o qual dirige, crianças que fazem as refeições acompanhadas da família desenvolvem um maior vocabulário (pois têm a oportunidade de conversar com pessoas de outras idades e próximas), têm menos propensão à obesidade e transtornos alimentares, desenvolvem menos transtornos de comportamento e, em média, consomem mais frutas e vegetais que outras crianças.

Além disso, os pais também poderiam ter mais controle sobre os horários das refeições e limitar atividades paralelas à alimentação. “Outras pesquisas mostram que essa simultaneidade de atividades durante as refeições leva as pessoas, por diversos fatores, incluindo ansiedade, a consumir comidas ricas em açúcar e gordura, em vez de optar por comidas mais saudáveis”.

“Fazer refeições com a família vai além de compartilhar comida. Pode ajudar as pessoas a relaxarem, se comunicarem e se conhecerem melhor, diminuindo os conflitos”, diz a pesquisadora, que também pesquisa a importância das rotinas familiares para a promoção do bem-estar.

“As pessoas se esforçaram e aprenderam que usar cintos de segurança ou capacetes é importante para a proteção. Por que não pensar nas refeições em família como uma forma de melhorar a saúde de todos os membros da casa?”, questiona Fiese.

Com informações da Society for Research in Child Development.

* Publicado originalmente no site:
Fonte: http://oqueeutenho.com.br/3359/refeicoes-em-conjunto-podem-melhorar-a-saude-da-familia.html



Postado por: Leonardo Araújo


terça-feira, 11 de outubro de 2011

Oração a Nossa Senhora Aparecida - II




Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida,
Mãe de Deus, Rainha dos Anjos,
Advogada dos pecadores,
refúgio e consolação dos aflitos e atribulados,
Virgem Santíssima,
cheia de poder e de bondade,
lançai sobre nós um olhar favorável,
para que sejamos socorridos por vós,
em todas as necessidades em que nos acharmos.
Lembrai-vos, ó clementíssima Mãe Aparecida,
que nunca se ouviu dizer
que algum daqueles que têm a vós recorrido,
invocado vosso santíssimo nome
e implorado a vossa singular protecção,
fosse por vós abandonado.
Animados com esta confiança,
a vós recorremos.
Tomamo-vos para sempre por nossa Mãe,
nossa protectora, consolação e guia,
esperança e luz na hora da morte.
Livrai-nos de tudo o que possa ofender-vos
e ao vosso Santíssimo Filho, Jesus.
Preservai-nos de todos os perigos
da alma e do corpo;
dirigi-nos em todos os assuntos espirituais e temporais.
Livrai-nos da tentação do demónio,
para que, trilhando o caminho da virtude,
possamos um dia ver-vos e amar-vos
na eterna glória, por todos os séculos dos séculos. Amen.


Postado por: Leonardo Araújo

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Primeiros milagres de Nossa Senhora Aparecida




Primeiros milagres


Milagre das velas - Estando a noite serena, repentinamente as duas velas que iluminavam a Santa se apagaram. Houve espanto entre os devotos, e Silvana da Rocha, querendo acendê-las novamente, nem tentou, pois elas acenderam por si mesmas. Este foi o primeiro milagre conhecido de Nossa Senhora, ocorrido mais provavelmente em 1733.

Caem as correntes - Em meados de 1850, um escravo chamado Zacarias, preso por grossas correntes, ao passar pela igreja onde se encontrava a imagem de Nossa Senhora Aparecida, pede ao feitor permissão para rezar. Recebendo autorização, o escravo se ajoelha diante de Nossa Senhora Aparecida e reza fervorosamente. Durante a oração, as correntes, milagrosamente, soltam-se de seus pulsos deixando Zacarias livre.

Cavaleiro e a marca da ferradura - Um cavaleiro de Cuiabá, passando por Aparecida, ao se dirigir para Minas Gerais, viu a fé dos romeiros e começou a zombar, dizendo, que aquela fé era uma bobagem. Quis provar o que dizia, entrando a cavalo na igreja. Logo na escadaria, a pata de seu cavalo se prendeu na pedra da escada da igreja (Basílica Velha), vindo a derrubar o cavaleiro de seu cavalo, após o fato, a marca da ferradura ficou cravada da pedra. O cavaleiro arrependido, pediu perdão e se tornou devoto.

A menina cega - Mãe e filha caminhavam às margens do Rio Paraíba do Sul(onde aconteceu a descoberta de Nossa Senhora Aparecida), quando surpreendentemente a filha cega de nascença comenta surpresa com a mãe : "Mãe como é linda esta igreja" Basílica Velha. Daquele momento em diante, a menina começa a enxergar.

O menino no rio - O pai e o filho foram pescar. Durante a pescaria, a correnteza estava muito forte e por um descuido o menino caiu no rio. O menino não sabia nadar, a correnteza o arrastava cada vez mais rápido e o pai desesperado pediu a Nossa Senhora Aparecida para salvar o menino. De repente o corpo do menino parou de ser arrastado, enquanto a forte correnteza continuava, e o pai salvou o menino.

O homem e a onça - Um homem estava voltando para sua casa, quando de repente ele se deparou com uma enorme onça. Ele se viu encurralado e a onça estava prestes a atacar, então o homem pediu desesperado a Nossa Senhora Aparecida por sua vida, e a onça virou e foi embora.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhora_da_Concei%C3%A7%C3%A3o_Aparecida


Postado por: Leonardo Araújo

Saúde pública é o tema da Campanha da Fraternidade 2012

Tema e Lema
A CF de 2012 tem como
tema: “Fraternidade e saúde pública”, e
lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra!” (Cf. Eclo, 38,8).

Hino:

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou o concurso para a música do Hino da Campanha da Fraternidade de 2012. O prazo para o envio das composições à CNBB é até o dia 15 de maio. A primeira etapa foi concluída em 1º de fevereiro, com a escolha da letra.
“A CNBB agradece a todos os que participaram do concurso da letra e solicita a colaboração dos compositores para a criação de uma música fluente e bela para o hino da CF 2012”, afirmou o assessor da CNBB para a Música Litúrgica, padre José Carlos Sala.
A CF de 2012 tem como tema: “Fraternidade e saúde pública”, e lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra!” (Cf. Eclo, 38,8).
O objetivo geral da Campanha da Fraternidade 2012 é promover ampla discussão sobre a realidade da saúde no Brasil e das políticas públicas da área, para contribuir na qualificação, no fortalecimento e na consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), em vista da melhoria da qualidade dos serviços, do acesso e da vida da população.

CF 2012 – Letra para o hino
Roberto Lima de Souza


1- Ah! Quanta espera, desde as frias madrugadas,
Pelo remédio para aliviar a dor!...
Este é teu povo, em longas filas nas calçadas,
A mendigar pela saúde, meu Senhor!


REFRÃO: Tu, que vieste pra que todos tenham vida, (Jo 10,10)
Cura teu povo dessa dor em que se encerra;
Que a fé nos salve e nos dê força nessa lida, (Cf.Mc 5,34)
E que a saúde se difunda sobre a terra! (Cf. Eclo. 38,8)

2 – Ah! Quanta gente que, ao chegar aos hospitais,
Fica a sofrer sem leito e sem medicamento!...
Olha, Senhor, a gente não suporta mais
Filho de Deus com esse indigno tratamento!





3 - Ah! Não é justo, meu Senhor, ver o teu povo
Em sofrimento e privação quando há riqueza!
Com a tua força, nós veremos mundo novo, (Ap. 21, 1-7)
Com mais justiça, mais saúde, mais beleza!

4 - Vê que a saúde está na grande escuridão,
Fica conosco nessa noite, meu Senhor, (Cf. Lc. 24, 29)
Tu que enxergaste, do teu povo, a aflição
E que desceste pra curar a sua dor. (Cf. Ex. 3,7-8)

5 - Protege a todos que trabalham na Saúde
Com a compaixão daquele bom samaritano, (Lc. 10, 25-37)
Que se converta esse trabalho na Virtude
De um tratamento, para o povo, mais humano!

6- Vem, povo todo, que o Senhor é nossa luz,
É nossa força e toda a nossa salvação! (Cf. Sl. 27, 1)
Que trabalhemos todos juntos, com Jesus,
Pela saúde de quem sofre em aflição!...


Fonte: http://paulinascomunica.blogspot.com/2011/03/campanha-da-fraternidade-2012.html

Postado por: Leonardo Araújo






Postado por: Leonardo Araújo

Onde a sociedade quer mais saúde?



Reacende-se o debate sobre a situação calamitosa da saúde pública na maior parte do país – e até já se prevê que será esse o tema principal na campanha eleitoral de 2012. O governo federal, por intermédio de suas lideranças, admite que precisará criar algum imposto que acrescente R$ 45 bilhões anuais ao setor (o ministro da Saúde fala em mais R$ 41 bilhões para igualar o nível da saúde no país ao da Argentina e do Chile). Em 2010, investiu o nosso governo central R$ 61,9 bilhões – mas as despesas da União no setor, segundo Ricardo Bergamini, caíram de 1,88% do PIB, entre 1995 e 2002, para 1,8%, entre 2003 e 2010; a tendência até aqui é de 1,56% do PIB em 2011.

Mas a oposição e até parte dos governistas já dizem que não concordam com um novo imposto, embora haja quem fale em taxar, para isso, grandes fortunas, legalizar o jogo (cobrando altas taxas), aumentar os impostos sobre o fumo e reservas no exterior, além de destinar à saúde parte dos royalties decorrentes da exploração do petróleo.

Até se registram alguns avanços importantes no Estado de São Paulo, como o da redução da mortalidade infantil, que em 20 anos caiu 61,8%, passando de 31,2 mortes de crianças em cada mil nascidas vivas para 11,9 – e isso se deveu em grande parte aos avanços no setor de saneamento. Também influíram o aumento da vacinação, os cuidados na fase pré-natal, a assistência às gestantes (Estado de S. Paulo, 27/8). Em contrapartida, cresceram os índices de poluição do ar nas maiores cidades, que já produzem 23,7 mil mortes por ano. O Rio de Janeiro está com índice três vezes acima do máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), São Paulo e Campinas, com o dobro (o melhor índice é o de Curitiba). E o Escritório da ONU sobre Drogas e Crime (Unodc) alerta para o consumo abusivo de medicamentos no Brasil, sobretudo emagrecedores (Envolverde, 27/6).

A questão brasileira na área da saúde parece ainda mais preocupante quando colocada diante de outros relatórios internacionais. Como o do World Cancer Research Fund (BBC Brasil, 17/9), que aponta um aumento da incidência de câncer no mundo da ordem de 20% na última década, quando se registraram 12 milhões de casos novos; 1,8 milhão estavam relacionados com má alimentação, deficiências de atividade física e aumento de peso – e esse número “deve crescer dramaticamente na atual década”. Além do câncer, diz a ONU em outros documentos, também crescem muito doenças não transmissíveis, como as cardiovasculares, respiratórias crônicas e diabetes. No Brasil, segundo a OMS, os casos de câncer de próstata (41,6 mil em um ano) e de pulmão (16,3 mil) são os mais frequentes entre homens; na mulher, câncer de mama (42,5 mil) e de colo do útero (24,5 mil). Já o IBGE diz que 16% dos meninos brasileiros e 12% das meninas de cinco a nove anos sofrem com obesidade, sedentarismo e estresse deles decorrente.

Outro alerta da OMS é para a ameaça de recrudescimento da gripe aviária (vírus H5N1), principalmente na Ásia e em regiões mais próximas, embora possa expandir-se. Desde 2003, o combate à gripe exigiu o sacrifício de 400 mil aves confinadas em 63 países, com prejuízos de US$ 20 bilhões. Em 2010-2011, já surgiram 800 casos e há vírus endêmicos em seis países. Como grande exportador de carne de aves, o Brasil precisa se precaver.

Chega-se, então, ao terreno dos medicamentos. Há progressos na cooperação da indústria farmacêutica com a OMS e outros organismos, que permitirá a produção de medicamentos antirretrovirais em versão genérica por um consórcio internacional que os fornecerá a 111 países mais pobres, com economia de US$ 1 bilhão (o Brasil já quebrou a patente em 2001). Também haverá redução dos royalties em patentes de medicamentos para hepatite (Estado de S. Paulo, 13/7). Na verdade, os ministros da Saúde do Brasil, da Rússia, da Índia, da China e da África do Sul – o Brics – querem mudanças na legislação sobre medicamentos e patentes para ampliar o acesso das pessoas mais pobres e baratear custos. A resistência é forte. Mas a própria presidente Dilma Rousseff defendeu, na recente reunião da ONU a que esteve presente, a quebra de patentes de remédios para doenças não terminais (Estado de S. Paulo, 20/9), como diabetes, hipertensão e outras. Segundo ela, trata-se de um “elemento da estratégia para aumentar a inclusão social”.

É um tema antigo e difícil. Quando era secretário de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Distrito Federal (1991-1992), o autor destas linhas e o então presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ennio Candotti, tentaram evitar que o Congresso Nacional incluísse na Lei da Propriedade Industrial, que então discutia, o reconhecimento de pipelines para medicamentos com patente já vencida no exterior – quando, na verdade, deveriam passar a ser fabricados aqui sem pagar royalties, como já ocorria em tantos países. Até ao então presidente Itamar Franco foi uma delegação com representantes da SBPC em todos os Estados. O chefe do governo aderiu imediatamente à reivindicação. Mas seus líderes no Congresso impediram qualquer avanço. E os pipelines prevalecem até hoje, embora haja ações de inconstitucionalidade tramitando no Supremo Tribunal Federal.

Prevenida quanto ao avanço de certas reivindicações, a indústria farmacêutica transnacional já domina 40% do mercado de medicamentos genéricos (Folha de S.Paulo, 28/8), quando há três anos só tinha 12%: muitas patentes poderão cair em domínio público em prazos curtos.

Com tudo isso, a sociedade precisa acompanhar atentamente a discussão sobre a saúde pública, uma das que mais lhe interessam. Recursos podem surgir – basta lembrar o que já se citou num dos últimos textos nesta página: o governo federal paga em juros da dívida pública entre R$ 60 bilhões e R$ 70 bilhões/ano (por causa da mais alta taxa de juros no mundo); em subsídios a vários setores econômicos, R$ 30 bilhões; em ajuda a mutuários, R$ 32 bilhões (Agência Estado, 8/8). Recursos como esses terão o destino que a sociedade autorizar.

* Washington Novaes é jornalista – wlrnovaes@uol.com.br.

** Publicado originalmente pelo jornal O Estado de S. Paulo e retirado do si
te:
http://www.ihu.unisinos.br/






Fonte: http://envolverde.com.br/saude/saude-publica-saude/onde-a-sociedade-quer-mais-saude/




Postado por: Leonardo Araújo

A saúde está na fila de espera de uma UTI





por Valdir Cimino*

A necessidade de promover a humanização da saúde surgiu no momento em que o ser humano passou a ser considerado mera estatística de uma fila interminável, uma parte, um número ou simplesmente uma doença.

Discutir sobre humanização nas relações entre os sujeitos que produzem saúde, ou seja, todos nós, ainda é tema banalizado por muitos gestores e corporações, que utilizam deste apelo para se autopromoverem, esquecendo-se do fator continuidade, mudança de cultura, economia na saúde e, por fim, o bem-estar de uma sociedade que está cansada de esperar na fila para conseguir um leito na UTI.

É lei multiplicar as boas práticas na saúde, acolher o paciente em sua totalidade, valorizar os profissionais, os gestores e líderes comunicativos.

Todo cidadão deveria ler o conteúdo dos dispositivos HUMANIZA-SUS, incluindo os que pagam plano de saúde e, principalmente, os profissionais de jornalismo, comunicação, marketing e relações públicas, que têm o poder de promover e fazer com que a política pública seja compreendida por todos os sujeitos envolvidos.

Com o fortalecimento da tecnologia e a globalização, o Século 21 posicionou-se como a era do conhecimento, da comunicação, da informação. E, coincidência ou não, percebemos que os maiores problemas da humanidade, e para ficarmos mais próximos de nós mesmos, da saúde brasileira, é a comunicação, ou melhor, a falta dela. Vamos traduzir “falta de comunicação” em uma equação simples: eu falo, você não me entende, as coisas não acontecem.

O futuro de nossos profissionais da saúde e da gestão da saúde em si depende, portanto, da educação. A pesquisa “Human values teaching programs in the clinical education of medical students“, promoveu a adoção da transversalidade no sistema de ensino clínico, favorecendo valores humanos, com a combinação de interações entre os membros do corpo docente e o apoio do reitor.

O segundo ponto é que esses estudantes acham que, para ser um bom líder na área da saúde é necessário, em primeiro lugar ser comunicativo, o que para nós, em última instância, significa saber falar e saber ouvir. De forma reduzida, o artigo Communication Strategies and Cultural Issues in the Delivery of Bad News diz que boa comunicação é fundamental para todos os profissionais de saúde, pois, se pacientes possuem desejos, opiniões e culturas diferentes, uma boa comunicação pode ajudar a evitar conflitos e auxiliar na compreensão desses desejos melhorando, assim, a qualidade e o cuidado com a vida. Saber viver é saber se comunicar.

Desta forma, a equação está resolvida!

E já que falamos que a Educação é o alicerce fundamental para que tenhamos liderança e comunicação, não posso deixar de citar e homenagear o professor Paulo Freire, que se estivesse vivo faria 90 anos, e nos ensinou, com sua Pedagogia da Libertação, que o oprimido não é só aquele que vive na miséria material ou na ignorância, mas aquele que é preso à banalidade e ao individualismo, a ponto de não reconhecer o outro distinto de si e, portanto, o oprime. Educação é a transformação da vida, onde o centro de referência é o educando, para que ele construa seus valores a partir das experiências de todo o gênero.

Somos interdependentes e é urgente a necessidade do entendimento da sustentabilidade na saúde, que enquadra, principalmente, o fomento à prevenção das doenças, à reciclagem e descarte responsável de materiais.

Desejo a todos muita Saúde.

* Valdir Cimino é presidente do Viva e Deixe Viver, diretor da CS.PRO – Comunicação Sustentável e educador da Faculdade de Comunicação e Marketing da Fundação Armando Álvares Penteado (Facom/FAAP). Site: www.valdircimino.com.br. E-mail: valdir.cimino@cspro2.com.br.

** Publicado originalmente no site EcoD.

http://www.ecodesenvolvimento.org.br/

Fonte: http://envolverde.com.br


Postado por: Leonardo Araújo

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Suco de laranja ajuda a diminuir o colesterol ruim, aponta pesquisa brasileira

por Enio Rodrigo, do O que eu tenho

Ingerir suco de laranja diariamente, associado a um programa de exercícios moderados, ajuda a diminuir os níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue e aumentar os níveis do colesterol bom (HDL), diz uma pesquisa brasileira publicada recentemente.

Uma série de estudos feitos pelo Departamento de Alimentos e Nutrição da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp de Araraquara demonstrou que a ingestão de 500 ml de suco de laranja pode diminuir em até 15% os níveis do LDL. Além disso, quando associado a uma rotina de caminhadas (50 minutos, no mínimo, três vezes por semana), os níveis do colesterol bom também aumentavam.

“Outro ponto bastante importante observado foi que, ao contrário de outros estudos feitos nos Estados Unidos, a ingestão do suco de laranja – sem açúcar, claro – não aumentou os níveis de triglicérides e, portanto, não contribui para o aumento do peso nem da gordura corporal”, explica Nancy Preising Aptekmann, uma das autoras do estudo feito com a equipe de Thais Borges César, outra pesquisadora envolvida na pesquisa.

Aumento do colesterol bom, diminuição do colesterol ruim

O estudo de Aptekmann acompanhou um grupo de mulheres com sobrepeso e, no início do estudo, sedentárias durante 90 dias. As participantes não alteraram seus hábitos alimentares, apenas ingeriram o suco de laranja e se engajaram em rotinas de caminhadas (um exercício considerado moderado).

“O colesterol bom teve aumento de 18%, aproximadamente, e o LDL – colesterol ruim – diminuiu em torno de 15%. O estudo foi feito com o suco de lata concentrado, mas os resultados podem ser similares ao suco in natura (feito com a fruta)”, diz Aptekmann.

A hipótese, de acordo com a pesquisadora, é que os flavonoides presentes no suco de laranja são os principais agentes dessa alteração, para melhor, dos níveis do colesterol. “Os flavonoides são substâncias encontradas nos vinhos e sucos de uva também. Mas no caso dos sucos concentrados, os níveis são bastante altos, principalmente por conta do processo, que inclui as cascas da fruta na moagem. Nos sucos naturais, é bom lembrar, esses flavonoides também são observados. A vantagem do suco feito com a fruta é a praticidade e o custo muito menor”, afirma.

Exercícios complementam a ação protetora na saúde

Outro estudo feito por Aptekmann e Thaís César foi realizado sem que os participantes fizessem nenhum tipo de exercício e também não alterassem a dieta. A quantidade ingerida, entretanto, foi maior: 750 ml diários.

“Esse outro estudo mostrou que o suco, sozinho, tem um poder protetor limitado, mas ainda assim, benéfico. Os níveis de colesterol totais diminuíram em torno de 10%. E tanto homens quanto mulheres mostraram, novamente, uma redução do LDL em aproximadamente 15%. O ponto negativo foi quanto ao HDL, que ficou praticamente constante”, diz.

Uma rotina de atividades físicas moderadas, como já se sabe, é boa para a saúde em termos gerais. E caso seu foco seja a diminuição do colesterol ruim, os exercícios – como ficou comprovado pelas pesquisadoras – podem aumentar ainda mais a eficácia da atuação dos flavonoides contidos no suco de laranja.

“Essa, até o momento, foi a combinação mais saudável observada nos nossos estudos sobre o tema. Agora, estamos finalizando outro estudo que observou os funcionários de uma empresa que colhem os frutos – e que também ingeriam o suco de laranja em suas refeições – e que acompanhamos durante dois anos. Os resultados também são animadores”, finaliza Aptekmann.

* Publicado originalmente no site O que eu tenho.
Fonte: http://oqueeutenho.com.br/


Postado por: Leonardo Araújo

O bocejo é mais do que um sinal de sonolência ou tédio. É uma forma de resfriar o cérebro.

O bocejo pode ser observado em todas as cinco classes de vertebrados, o que sugere que deva existir uma função adaptativa para esse fenômeno. Uma das formas de explicar o bocejo e seu caráter contagiante é a sua utilidade do ponto de vista social, com o potencial de sincronizar o conhecimento de um mau estado da mente ou do corpo num grupo de pessoas.

Apesar da existência de inúmeras outras teorias que tentam explicar a razão biológica do bocejo, pouquíssimos estudos experimentais foram realizados para avançar esse conhecimento. Recentemente, uma pesquisa publicada pelo periódico Frontiers in Evolutionary Neuroscience apontou que o bocejo é mais frequente em épocas do ano em que a temperatura do ambiente é menor que a do corpo, sugerindo que ele serve literalmente para esfriar a cabeça. A temperatura habitual do cérebro é de 37º C com flutuações de 0,5º C.

Os pesquisadores avaliaram a frequência de bocejo de 160 norte-americanos do Arizona ao serem apresentados a imagens de gente bocejando, já que o bocejo tem o seu componente contagioso. Os resultados mostraram que no inverno as pessoas bocejam mais e isso independe de outros fatores, como umidade e tempo de sono na noite anterior. Quase metade dos voluntários do estudo bocejou durante o teste no inverno (temperatura média: 22º C) enquanto no verão (temperatura média: 37º C) a frequência foi de apenas um quarto. Além disso, no verão, a frequência de bocejo foi menor à medida que se ficava mais tempo em ambiente externo. Este efeito da temperatura ambiente já havia sido demonstrado entre pássaros e macacos.

Um dos pesquisadores da atual pesquisa já havia publicado, em 2010, resultados revelando que o bocejo e o espreguiçar de um ratinho são desencadeados por aumento na temperatura do cérebro, que por sua vez diminui logo após a realização de cada um dessas duas ações. O efeito de resfriamento do bocejo seria o resultado de uma maior troca de calor com o ambiente através das vias aéreas e até mesmo pelo ato de se espreguiçar. Essa troca de calor também é favorecida pela abertura da mandíbula e o consequente aumento do fluxo sanguíneo cerebral. Esses resultados apoiam a ideia de que uma disfunção da regulação térmica do corpo represente a principal explicação para os bocejos excessivos que podem acompanhar alguns transtornos neurológicos como a esclerose múltilpa.

Há evidências também de que o bocejo facilita a ativação do córtex cerebral em situações de transição de estado, como por exemplo, do sono para a vigília. Em animais, já foi demonstrado que o bocejo ocorre com maior frequência na antecipação de eventos estressantes e em mudanças súbitas de um estado de alto grau de atividade para a calmaria. Entretanto, o mais provável é que o resfriamento cerebral seja a forma pela qual o bocejo colabore para a modulação cerebral nessas situações.

* Ricardo Teixeira é doutor em Neurologia e pesquisador do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Dirige o Instituto do Cérebro de Brasília.

** Publicado originalmente no blog do autor ConsCiência no Dia-a-Dia.
Fonte: http://consciencianodiaadia.com/

(Blog ConsCiência no Dia-a-Dia)


Postado por: Leonardo Araújo

Telefones úteis

Telefones úteis
0800 611997 – Disque Saúde – Ministério da Saúde
0800 162550 - Disque DST-AIDS (Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo)
0800 7019656 – Disque Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
0800 7226001 – Disque Intoxicação

0800 5100015 - VIVA VOZ – Orientações sobre a prevenção do uso indevido de drogas

(11) 3315-9333 – Alcoólicos Anônimos
(11) 5594-5657 – Narcóticos Anônimos

100 Secretaria dos Direitos Humanos
138 Governo Federal
148 Justiça Eleitoral
150 Disque Saúde
151 Procon
152 Ibama
153 Guarda Municipal
154 Detran
158 Delegacias Regionais do Trabalho
180 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher
181 Disque Denúncia
190 Polícia Militar
191 Polícia Rodoviária Federal
192 Serviço Público de Remoção de Doentes (ambulância)
193 Corpo de Bombeiros
194 Polícia Federal
197 Polícia Civil
198 Polícia Rodoviária Estadual
199 Defesa Civil
Ouvidoria – Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
(11) 3066-8359 / 3066-8684 / 3081-2817

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde - Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar - São Paulo - Fone (11) 3066 8000 - CEP 05403-000

SP terá treinamento ‘express' e hospitais de campanha contra a dengue

Anúncio foi feito nesta manhã pela Secretaria de Estado da Saúde, em evento na capital paulista

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo apresentou nesta segunda-feira, 3 de outubro, na capital paulista, o Plano Estadual de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Dengue para o período 2011-2012, com o objetivo de evitar o avanço da doença no Estado no próximo verão. As medidas incluem novas estratégias em relação a ações executadas em anos anteriores.

O anúncio foi feito em encontro estadual promovido pela Secretaria nesta manhã na capital paulista, com a participação do governador Geraldo Alckmin e do secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri.

Mapeamento realizado pela pasta, por intermédio do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) apontou 283 (43%) dos municípios paulistas como de risco alto ou muito alto para a ocorrência de dengue no próximo verão. A classificação levou em conta fatores como histórico de transmissão da doença e índices de infestação de larvas do Aedes aegypti, por exemplo.

O plano visa reorganizar a assistência médica aos pacientes com suspeita de dengue, para evitar o agravamento dos casos ou óbitos, além de medidas para aprimorar o controle de vetores.

Um dos principais pontos do plano prevê o trabalho de equipes estaduais de "Treinamento Express" em 67 municípios considerados prioritários. A idéia é capacitar e atualizar os profissionais de saúde em seus próprios locais de trabalho, focando em temas como manejo clínico, avaliação de risco e organização de serviços.

O treinamento acontecerá nos próprios serviços de saúde, de forma compacta, com duração média de 15 minutos. Essa estratégia foi adotada para garantir uma ampla cobertura entre os profissionais que lidam com casos suspeitos de dengue. Antes, em capacitações realizadas em auditórios, fora das unidades de saúde, alguns serviços não mandavam seus médicos para serem treinados.

Os gestores municipais também receberão treinamento e uma cartilha com as informações referentes a combate ao Aedes aegypti e tratamento dos infectados.

O plano prevê também a montagem de "hospitais de campanha", que oferecerão um tratamento especializado, auxiliando os municípios com maior incidência de casos, desafogando os hospitais e unidades de saúde.

A Secretaria também irá destacar cerca de 700 profissionais da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) para acompanhar as visitas casa a casa realizadas por agentes municipais visando o controle e eliminação de criadouros. Antes a Sucen realizava a capacitação desses profissionais e apoiava ações de nebulização, mas não realizava visitas domiciliares, função que ficava exclusivamente a cargo das prefeituras.

Serão realizadas, ainda, cinco oficinas macrorregionais sobre dengue para municípios prioritários e regiões Metropolitanas da Grande São Paulo, Baixada Santista e Campinas, com duração de três dias.

Outro ponto de ação do plano é apoiar 100% dos municípios selecionados para realização de ações de mobilização social com ênfase na eliminação de focos do mosquito na divulgação dos sinais e sintomas da dengue e na procura de serviço de saúde quando da suspeita da doença.

Novo sorotipo

Haverá ampliação do monitoramento da circulação viral em municípios paulistas considerados prioritários. Nesses municípios, nos casos com suspeita de dengue, será utilizado o exame NS1 como triagem para a realização de exame de sorotipagem viral, visando identificar os subtipos de vírus em circulação.

Essa medida tem como objetivo monitorar a circulação viral e identificar precocemente a circulação do vírus tipo 4 da dengue, identificado pela primeira vez no Estado em 2011, mas ainda restrito, neste momento, a três municípios da região de São José do Rio Preto.

A entrada em circulação do subtipo 4 do vírus da dengue no Estado aumenta o número de pessoas suscetíveis à doença, ampliando o risco de casos graves e óbitos.

"Estamos promovendo uma grande mobilização no sentido de alertar os municípios sobre a importância de adotarem ações efetivas para evitar a disseminação da dengue no Estado. Mas é importante destacar que a participação ativa da população no combate ao Aedes aegypti, removendo recipientes com água parada no interior de suas residências, é fundamental para o sucesso deste plano", afirma o secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri.


Redução de casos em 2011


Balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que o número de casos de dengue de janeiro a agosto deste ano foi 56,8% inferior ao registrado no mesmo período de 2010.

De janeiro a agosto os municípios paulistas informaram à Secretaria, por intermédio do Sinan (Sistema de Informações de Agravos de Notificação), 81.248 casos autóctones (com transmissão dentro do estado). De janeiro a agosto de 2010 houve 188.201 casos.

Do total de casos de dengue em todo o Estado, 19,3% estão concentrados em Ribeirão Preto, que notificou pelo Sinan 15.743 ocorrências no período.

Outras 14 cidades registraram mais de mil casos: São Paulo (4.298), Bauru (4.387), Taubaté (3.969), Campinas (2.736), Araraquara (2.566), Limeira (2.352), Lorena (2.269), São José dos Campos (1.895), Rio Claro (1.772), Sorocaba (1.453), Mogi Mirim (1.389), Caraguatatuba (1.177), Sertãozinho (1.149), Sumaré (1.113) e Barretos (1.004). As 15 cidades com maior número de casos representam 60,3% do total de ocorrências no Estado.

Foram notificadas 44 mortes por dengue autóctone entre janeiro e junho deste ano, nos municípios de Andradina (3), Araraquara (2), Bauru (6), Cândido Mota, Caraguatatuba, Cosmópolis, Guaratinguetá, Hortolândia, Itapira, Leme, Lins, Novais, Novo Horizonte, Promissão, Registro, Ribeirão Preto (7), Rio Claro, Santa Fé do Sul, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Sertãozinho, Sorocaba (2), Sumaré, Votuporanga e Taubaté (5). Em todo o ano de 2010 houve 138 mortes pela doença.

No segundo semestre de 2010, Secretaria desenvolveu trabalho de capacitação de 6 mil agentes em todo o Estado de São Paulo para aprimorar o trabalho de controle de vetores e atendimento aos cidadãos com suspeita de dengue. Foram realizadas, no total, 51 oficinas, envolvendo 330 municípios considerados prioritários.

Já no início deste ano a Secretaria já promoveu uma grande mobilização, reunindo 25 mil agentes em todo o Estado, para uma semana especial de atividades de intensificação de busca e eliminação de focos do mosquito casa a casa, orientação para a população, vistoria de escolas, pedágios educativos e arrastões.

A pasta também encaminhou 1,8 milhão de torpedos com mensagens de alerta sobre a doença, em parceria com a operadora de celular Vivo. A Secretaria investe anualmente R$ 40 milhões no combate e prevenção à dengue. O trabalho de campo cabe às prefeituras, conforme preconiza o SUS.

Fonte: Publicado por Assessoria de Imprensa em 03/10/2011
Secretaria de Estado da Saúde - Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar - São Paulo - Fone (11) 3066 8000 - CEP 05403-000

Postado por: Leonardo Araújo