Mulheres obesas que sofrem de constante dor de cabeça são as principais vítimas de uma doença pouco conhecida, mas que pode levar à cegueira: o pseudotumor cerebral, também chamado de hipertensão intracraniana benigna. No início, é comum a doença ser confundida com uma enxaqueca, porém, com o passar dos meses a pressão intracraniana aumenta e surgem as primeiras alterações na visão periférica.
Todas as semanas, cinco pacientes são atendidas com o falso tumor cerebral no ambulatório do Grupo de Hidrodinâmica Cerebral do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde. De acordo com o chefe do Grupo, neurocirurgião Fernando Campos Gomes Pinto, além da sensação de pressão na cabeça, os primeiros sintomas podem ser náuseas e vômitos, acompanhados de turvação visual.
Quando os sintomas se acentuam, a doença muitas vezes passa a ser confundida com a hidrocefalia. “Mas no pseudotumor cerebral não há acúmulo de líquido cefalorraquidiano dentro da cabeça, nem dilatação dos ventrículos cerebrais. Como o próprio nome diz, também não há tumor. Por isso, as tomografias costumam parecer normais”, explica Gomes Pinto, reforçando a dificuldade do diagnóstico.
Apesar de não existir um levantamento que mostre a incidência desta doença na população brasileira, o especialista destaca que ela acomete 20 vezes mais mulheres obesas e na idade fértil, entre 20 e 40 anos. “As causas ainda não são compreendidas na totalidade. Entretanto, a obesidade é a principal”, observa, acrescentando que, quando a pessoa reduz o peso, a pressão melhora.
Com o sobrepeso, a pressão dentro das veias aumenta e consequentemente a pressão dentro da caixa craniana também. “Se a paciente consegue emagrecer, muitas vezes não há necessidade de neurocirurgia”, informa. Além da obesidade, distúrbios metabólicos e nutricionais também estão relacionados com a doença.
A neurocirurgia indicada para o tratamento do pseudotumor cerebral consiste no implante de uma prótese de silicone, que direciona o líquido de dentro da cabeça hipertenso para a cavidade abdominal. “Isso alivia a pressão exercida no cérebro, melhorando as dores de cabeça e recuperando a visão”, completa o neurocirurgião.
Fonte: Secretaria da Saúde de São Paulo
Autoria: Assessoria de Imprensa
Postado por: Leonardo Araújo
Todas as semanas, cinco pacientes são atendidas com o falso tumor cerebral no ambulatório do Grupo de Hidrodinâmica Cerebral do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde. De acordo com o chefe do Grupo, neurocirurgião Fernando Campos Gomes Pinto, além da sensação de pressão na cabeça, os primeiros sintomas podem ser náuseas e vômitos, acompanhados de turvação visual.
Quando os sintomas se acentuam, a doença muitas vezes passa a ser confundida com a hidrocefalia. “Mas no pseudotumor cerebral não há acúmulo de líquido cefalorraquidiano dentro da cabeça, nem dilatação dos ventrículos cerebrais. Como o próprio nome diz, também não há tumor. Por isso, as tomografias costumam parecer normais”, explica Gomes Pinto, reforçando a dificuldade do diagnóstico.
Apesar de não existir um levantamento que mostre a incidência desta doença na população brasileira, o especialista destaca que ela acomete 20 vezes mais mulheres obesas e na idade fértil, entre 20 e 40 anos. “As causas ainda não são compreendidas na totalidade. Entretanto, a obesidade é a principal”, observa, acrescentando que, quando a pessoa reduz o peso, a pressão melhora.
Com o sobrepeso, a pressão dentro das veias aumenta e consequentemente a pressão dentro da caixa craniana também. “Se a paciente consegue emagrecer, muitas vezes não há necessidade de neurocirurgia”, informa. Além da obesidade, distúrbios metabólicos e nutricionais também estão relacionados com a doença.
A neurocirurgia indicada para o tratamento do pseudotumor cerebral consiste no implante de uma prótese de silicone, que direciona o líquido de dentro da cabeça hipertenso para a cavidade abdominal. “Isso alivia a pressão exercida no cérebro, melhorando as dores de cabeça e recuperando a visão”, completa o neurocirurgião.
Fonte: Secretaria da Saúde de São Paulo
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