terça-feira, 15 de junho de 2010

Os Desafios da Pastoral da Saúde no Mundo Atual - Parte II

Todos responsáveis
O Concílio Vaticano II pede aos bispos e aos sacerdotes que "cuidem dos enfermos e moribundos, visitando-os e animando-os no senhor".
O Direito Canônico (Can. 519,1), lembra aos párocos o dever de assistir os doentes e faze-lo com generosa caridade. Esta solicitude pastoral é lembrada pela igreja em seus documentos, em especial a Exortação Apostólica Crisfideles laici no. 53 e 54. e em numerosas mensagens da Jornada Mundial do Enfermo.
O capelão
É o pastor, o servidos da Palavra (E 6), testemunha qualificada na caridade: acolhe, dialoga, serve. Não é um "funcionário", mas uma testemunha da fé que ilumina, estimula, coordena e transmite esperança.
A comunidade religiosa
Os religiosos, pela sua consagração, são um meio privilegiado e eficaz de evangelização (EN 69). Mais que diretores e organizadores técnicos, os religiosos devem ser: animadores do espírito: colaboradores eficazes e responsáveis do serviço pastoral; testemunhas da especial solicitude e dedicação aos doentes; respeitosos com os doentes, famílias e colegas de trabalho.
Os leigos
Toda a Igreja é enviada a evangelizar. A missão é de todos (MT. 28; Ad Gentes, 1 e 35; LG.5; EN 13 e 14). Os leigos estão no coração do mundo e à frente de variadas realidades temporais, devem exercer uma forma singular de evangelização (EN 70; AA, 5-8).
O desafio das pessoas é grande. Um projeto pastoral deve estar atento ao pastor, ao agente de pastoral. A pastoral, a evangelização e o apostolado, valem o que vale o pastor, o evangelizador, o apóstolo.
A formação
É difícil realizar hoje uma nova evangelização, segundo o critério que estamos indicando, se os agentes não possuem uma formação pastoral de base e se esta não se atualiza periodicamente.
O Concílio Vaticano II tem insistindo muito nessa formação pastoral, e indica que todos os outros aspectos da formação devem estar dirigidos á finalidade pastoral.
Os meios para esta formação hoje são muitos variados; forma-se a partir da experiência , da inserção em atividades pastorais onde existe uma boa organização, coordenação e avaliação;esta é uma cátedra muito importante.
O agente de pastoral da saúde deve alcançar uma completa e adequada formação. Os conteúdos da missão devem orientar-se por uma dimensão teológico-pastoral básica e por uma aquisição de conhecimentos especiais entre os quais não se pode esquecer a sociologia em relação ás matérias de saúde, a psicologia tanto do doente como daqueles que o cercam; o tema de humanização e bioética é essencial para um bom exercício de Evangelização no campo da saúde.
O projeto pastoral
A um hospital novo, a uma medicina nova, deve corresponder um projeto pastoral novo; pensado para pessoas em suas diversas situações de doença; um projeto que tem muito presente os animadores e os meios modernos através dos quais podemos escutar a Deus.
O projeto deve ter presente o tipo de hospital, sua dinâmica, o tipo de doente que chega ao mesmo, a rapidez com a qual passa hoje um doente em muitos hospitais que faz pensar em um projeto pastoral "de urgência" para pessoas que permanecem pouco tempo no hospital. O que se pode fazer no hospital? Que relação tem o hospital com a paróquia? e vice-versa.
A oração
A oração constante e perseverante, a conversão são os motores que dão força, luz e entusiasmo ao evangelizador; sem estes motores torna-se difícil a evangelização, o evangelizador converte-se num sociólogo, um psicólogo e não em um pastor. Um desafio constante.
Conduzir, guiar, animar, curar, só pode realizar-se pela oração e contemplação, pela contínua escuta da Palavra de Deus.
O evangelizador é um "especialista" de Deus que o viu, o tocou, o vive e o dá aos outros evangeliza, é testemunha de Deus vivo em meio à doença.
Os outros doentes, familiares, agentes da saúde devem ver e sentir o serviço pastoral nas pessoas, uma testemunha com a vida a Boa: Jesus passa e cura; Jesus passa acolhe; Jesus passa e salva.
Tudo se resume a isto: que os doentes sejam evangelizados. Mas antes os evangelizadores devem estar evangelizados. O Evangelho necessita pessoas sensíveis, humildes, "vulneráveis, feridos, dignos de crédito, entusiastas, apaixonados pelas coisas de Deus.
Fonte: ICAPS
Postado por: Leonardo Araújo

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