Estudo envolveu 977 crianças de 15, 24 e 36 meses que foram depois acompanhadas aos 15 anos.
A qualidade da relação da mãe com seu filho pequeno pode afetar o peso da criança na adolescência, descobriu um estudo.
O artigo foi baseado na observação de como mães interagiam com seus filhos quando eles tinham 15, 24 e 36 meses de idade, e no acompanhamento dessas crianças quando elas fizeram 15 anos para medir os níveis de obesidade. O estudo contou com a participação de 977 crianças.
Os pesquisadores se concentraram em dois aspectos do relacionamento: ligação de segurança, ou o quão consciente a criança é de que sua mãe é a base de segurança e uma presença reconfortante em horas de estresse, e sensibilidade maternal, ou a consciência da mãe sobre o estado emocional da criança e sua habilidade de reconfortar e animar. A qualidade dos relacionamentos foi avaliada em uma escala de seis pontos, com pontuações de três ou mais indicando um relacionamento emocional de muito baixa qualidade.
Em geral, quanto pior relacionamento entre mãe e criança, maiores as chances de que ela seja obesa aos 15 anos. Entre as crianças, 24,7% tinham uma relação adversa com suas mães, pontuando três ou mais. Ter baixa sensitividade maternal, ligação insegura e os dois juntos foram vinculados a maiores chances de ser obeso na adolescência.
Especificamente, a prevalência de obesidade em adolescentes foi de 26,1% entre aqueles com pontuação três ou mais, 15% entre aqueles com pontuação dois, 12,1% entre aqueles com pontuação um e 13% entre os com pontuação zero.
Quando os pesquisadores controlaram por peso no nascimento e gênero, eles descobriram que a probabilidade de se tornar obeso na adolescência era 2,45 vezes maior para aqueles que tiveram as piores relações com suas mães, comparados àqueles com as melhores relações.
Pesquisadores disseram acreditar que bons ou maus laços de relacionamentos cedo podem afetar como a criança reage a estresse, como comendo demais ou tendo péssima qualidade de sono.
“Cuidados atenciosos aumentam a probabilidade de a criança ter um padrão seguro de afeto e desenvolver uma resposta saudável ao estresse”, disse a principal autora Sarah Anderson da Ohio State University em um comunicado à imprensa. “Uma resposta ao estresse bem regulada pode influenciar o quão bem crianças dormem e se elas vão comer em reposta ao estresse emocional – dois fatores que afetam a probabilidade de obesidade.”
Anderson, professora de epidemiologia, não chegou a culpar completamente as mães por terem um efeito sobre o peso dos seus filhos. “É possível”, ela disse, “que a obesidade infantil possa ser influenciada por intervenções que tentam melhorar laços entre mães e crianças ao invés de focada apenas na ingestão de comida pelas crianças e atividade”.
* O estudo foi publicado na edição de janeiro de 2012 do jornal Pediatrics.
A qualidade da relação da mãe com seu filho pequeno pode afetar o peso da criança na adolescência, descobriu um estudo.
O artigo foi baseado na observação de como mães interagiam com seus filhos quando eles tinham 15, 24 e 36 meses de idade, e no acompanhamento dessas crianças quando elas fizeram 15 anos para medir os níveis de obesidade. O estudo contou com a participação de 977 crianças.
Os pesquisadores se concentraram em dois aspectos do relacionamento: ligação de segurança, ou o quão consciente a criança é de que sua mãe é a base de segurança e uma presença reconfortante em horas de estresse, e sensibilidade maternal, ou a consciência da mãe sobre o estado emocional da criança e sua habilidade de reconfortar e animar. A qualidade dos relacionamentos foi avaliada em uma escala de seis pontos, com pontuações de três ou mais indicando um relacionamento emocional de muito baixa qualidade.
Em geral, quanto pior relacionamento entre mãe e criança, maiores as chances de que ela seja obesa aos 15 anos. Entre as crianças, 24,7% tinham uma relação adversa com suas mães, pontuando três ou mais. Ter baixa sensitividade maternal, ligação insegura e os dois juntos foram vinculados a maiores chances de ser obeso na adolescência.
Especificamente, a prevalência de obesidade em adolescentes foi de 26,1% entre aqueles com pontuação três ou mais, 15% entre aqueles com pontuação dois, 12,1% entre aqueles com pontuação um e 13% entre os com pontuação zero.
Quando os pesquisadores controlaram por peso no nascimento e gênero, eles descobriram que a probabilidade de se tornar obeso na adolescência era 2,45 vezes maior para aqueles que tiveram as piores relações com suas mães, comparados àqueles com as melhores relações.
Pesquisadores disseram acreditar que bons ou maus laços de relacionamentos cedo podem afetar como a criança reage a estresse, como comendo demais ou tendo péssima qualidade de sono.
“Cuidados atenciosos aumentam a probabilidade de a criança ter um padrão seguro de afeto e desenvolver uma resposta saudável ao estresse”, disse a principal autora Sarah Anderson da Ohio State University em um comunicado à imprensa. “Uma resposta ao estresse bem regulada pode influenciar o quão bem crianças dormem e se elas vão comer em reposta ao estresse emocional – dois fatores que afetam a probabilidade de obesidade.”
Anderson, professora de epidemiologia, não chegou a culpar completamente as mães por terem um efeito sobre o peso dos seus filhos. “É possível”, ela disse, “que a obesidade infantil possa ser influenciada por intervenções que tentam melhorar laços entre mães e crianças ao invés de focada apenas na ingestão de comida pelas crianças e atividade”.
* O estudo foi publicado na edição de janeiro de 2012 do jornal Pediatrics.
** Publicado originalmente no site Opinião e Notícia.
http://opiniaoenoticia.com.br/vida/saude/laco-entre-mae-e-crianca-pode-afetar-obesidade-no-futuro/
Postado por: Leonardo Araújo
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