sábado, 21 de janeiro de 2012

A demora no SUS virou notícia

por Ligia Martins de Almeida, do Observatório da Imprensa

Se as próteses estrangeiras não estivessem no noticiário, a imprensa nacional jamais contaria aos leitores que as filas para reconstrução de mama no SUS obrigam as pacientes a uma espera de muitos anos. A notícia está no Estado de S. Paulo (14/1), na matéria “Fila para cirurgias de reconstrução preocupa pacientes”. “A aposentada Loeny Menezes da Rosa, de 61 anos, esperou cinco anos na fila para conseguir fazer a cirurgia de reconstrução da mama pelo SUS. Ela descobriu o câncer em 2001 e só conseguiu reconstruir a mama em 2006. ‘O médico disse que se eu quisesse colocar silicone na hora, teria de pagar à parte. Naquela época eu não tinha como pagar, por isso decidi esperar. Entrei na fila de novo e só fui chamada em 2006’.”
Afirma o jornal:
“O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que 52 mil mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama em 2012. E a Sociedade Brasileira de Mastologia estima que ao menos 20 mil delas precisarão fazer uma cirurgia de retirada das mamas, sendo que apenas cerca de 10% delas sairão do centro cirúrgico com a mama já reconstruída. Para Luciana Holtz, psico-oncologista e presidente do Oncoguia, o governo precisa deixar claro como vai organizar as filas das mulheres que precisam fazer mastectomia, das mulheres que precisam fazer a reconstrução e das que possuem próteses da PIP ou Rofil com problemas. Ela diz: ‘Nós entendemos que o centro cirúrgico é um só. E existem centenas de mulheres com câncer esperando de três a seis meses só para fazer a mastectomia. Para fazer a reconstrução, demora uns dois anos. Qual a urgência de trocar a prótese dessas outras mulheres? A fila será única ou separada?’”
A maratona de cirurgias
As perguntas da oncologista sugerem uma excelente pauta para os jornais, que por anos a fio desconheceram mais essa omissão do SUS, ou porque assuntos desse tipo só viram notícia quando envolvem escândalos, ou porque os jornalistas não têm tempo para insistir em assuntos árduos. A confirmação da falta de tempo ou interesse pode ser verificada na mesma matéria do jornal, quando informa que “o Ministério da Saúde diz que não tem como informar quantas mulheres estão na fila de espera nem quanto tempo está demorando a cirurgia porque o gerenciamento das filas é descentralizado e é feito por cada estado e município”.
O Ministério pode até ter tentado encerrar o assunto com essa declaração, mas se o jornalista tivesse dado uma rápida pesquisada na internet, teria descoberto que cerca de duas mil mulheres esperam pelo procedimento. Foi o que mostrou, no ano passado, o jornal Correio Braziliense (31/3/11):
“Às 7h de ontem, foi dada a largada para a maratona de cirurgias de reconstrução de mama que operaram 61 mulheres em 12 horas, número quase equivalente às 70 feitas ao longo de 2010. É a primeira vez que um mutirão como este é realizado no Brasil. Para garantir o sucesso nos atendimentos, o reforço veio de 17 médicos de fora do Distrito Federal. A experiência pretende ser piloto de um projeto que prevê iniciativa parecida em âmbito nacional, prevista para março de 2012 – serão beneficiadas cerca de duas mil mulheres que estão na fila do Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso, os bons resultados de ontem serão encaminhados para análise da presidente Dilma Rousseff.”
Um sério trabalho de reportagem
Resta ver se a imprensa vai continuar atenta ao assunto ou vai deixar cair no esquecimento. Como disse à Folha de S.Paulo (14/1) o cirurgião plástico Alexandre Mendonça Munhoz, do Hospital Sírio-Libanês, o problema provável é a sobrecarga do SUS: “O sistema não teria condições de atender ao aumento da demanda para cirurgia. Imagine se metade das pacientes tiverem de ser operadas nos próximos cinco anos, serão seis mil pacientes a mais para um sistema que já está sobrecarregado”. Segundo o médico, somente no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, mais de 200 pacientes aguardam por cirurgia reparadora.
Será que as mulheres que continuam na fila do SUS, agora acompanhadas pelas novas pacientes, vão merecer da mídia a atenção que merecem? Ou vamos ter que esperar uma nova atitude da presidência para que o assunto volte a ocupar espaço nos jornais? Seria interessante, ao menos uma vez, ver a imprensa engajada num sério trabalho de reportagem para contar aos brasileiros como anda, afinal de contas, o Sistema Único de Saúde. Nesta e em todas as outras áreas que atende ou deveria atender.
* Publicado originalmente no site Observatório da Imprensa.



Postado por: Leonardo Araújo

Chicletes e adesivos de nicotina são ineficazes no combate ao tabagismo

Os chicletes e adesivos de nicotina que milhões de fumantes usam para ajudar a combater o vício não têm nenhum benefício duradouro e, em alguns casos, o tiro ainda pode sair pela culatra. As informações são do mais rigoroso estudo de longo prazo já realizado sobre a terapia de reposição de nicotina.
Em estudos médicos, os produtos têm se revelado eficazes, tornando mais fácil para as pessoas parar de fumar, pelo menos a curto prazo. Os resultados mais animadores foram a base para as diretrizes federais em vários países recomendarem os produtos para auxiliar no abandono do tabagismo.
Mas, nas pesquisas recentes, os fumantes que usaram os produtos sem receita, como parte de um programa ou por conta própria, relataram pouco benefício. O novo estudo acompanhou um grupo de fumantes para ver se os produtos de reposição de nicotina afetam suas chances de largar o hábito ao logo do tempo. Não. Mesmo quando eles recebem aconselhamento sobre a reposição de nicotina.
O estudo, publicado segunda-feira, 9, no jornal especializado Tobacco Control, incluiu cerca de 800 pessoas que estão tentando parar de fumar durante um período de vários anos. É provável que esta pesquisa inflame um longo debate sobre o valor das alternativas da nicotina.
O negócio lucrativo dos chicletes e adesivos
O mercado dos produtos de reposição de nicotina decolou nos últimos anos, faturando U$ 800 milhões em 2007, contra U$ 129 milhões em 1991. Em 1997, os produtos foram aprovados para serem vendidos sem receitas em muitos estados norte-americanos, e planos de saúde no país cobrem pelo menos um deles.
“Estávamos esperando um resultado diferente”, disse o coautor do estudo e diretor do Centro Global de Controle do Tabagismo de Harvard, Dr. Gregory Connolly. “Investimos nesse programa de tratamentos por anos”, disse.
Médicos que tratam fumantes disseram que as conclusões do estudo não foram inesperadas, dada a forma ocasional como muitos fumantes usam os produtos. “A adesão do paciente é uma questão muito importante”, disse o Dr. Richard Hurt, diretor do Centro de Dependência da Nicotina da Clínica Mayo, que não esteve envolvido no estudo.
Hurt afirmou que os produtos de nicotina, como chicletes e adesivos, são “absolutamente essenciais, mas que suas combinações e doses para o tratamento adequado são necessidades individuais de cada paciente”.
Os produtos têm sido controversos desde 2002, quando pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego, informaram, a partir de uma ampla pesquisa, que eles não pareciam oferecer nenhum benefício. O estudo não acompanhou as pessoas por um longo tempo. Um programa realizado pelo governo, que incluiu a reposição de nicotina como parte de diretrizes federais causou polêmica, porque membros do governo responsáveis pelo programa teriam recebido dinheiro dos fabricantes dos produtos.
“Alguns estudos questionaram estes tratamentos, mas a maior parte deles endossou o seu uso”, disse o diretor da Universidade de Wisconsin, do Centro de Pesquisa e Intervenção do Tabaco, Dr. Michael Fiore. O médico também é o presidente do programa que estabeleceu as diretrizes federais e que foram acusados de receber pagamentos dos fabricantes de medicamentos. “Há milhões de fumantes desesperados para parar por aí e seria uma tragédia se eles se sentissem enganados por causa de um estudo que estabelece que o tratamento é ineficaz”, afirmou.
Em um estudo antigo, realizado em Massachusetts, pesquisadores acompanharam uma amostra representativa de 1.916 adultos, incluindo 787 pessoas que disseram que tinham parado de fumar recentemente. Eles entrevistaram cada participante três vezes, uma vez a cada dois anos durante a década de 2000, pedindo para os fumantes e ex-fumantes falarem sobre o uso da goma de mascar, adesivos e outros produtos, durante seus períodos sem fumar e suas recaídas. Segundo o estudo, cerca de um terço das pessoas que tentaram parar de fumar tiveram uma recaída.O uso de produtos de substituição não fez diferença, usados pelo período de dois meses como o recomendado, ou com a orientação de um psicólogo.
Em um subgrupo de fumantes pesados – definidos como aqueles que fumam seu primeiro cigarro dentro de meia hora depois de acordar – que usaram os produtos de substituição sem orientação, a propensão à recaída foi duas vezes maior em fumantes pesados que não usaram os produtos.
Os pesquisadores afirmam que, embora os produtos de reposição de nicotina ajudem as pessoas a parar de fumar, eles não são suficientes para prevenir recaídas a longo prazo. A motivação dos pacientes é muito importante, assim como os seus ambientes sociais, apoio dos amigos e familiares e regras estabelecidas em local de trabalho, campanhas na mídia, aumento de impostos sobre o tabaco e endurecimento das leis de fumo.
Publicado originalmente no site The New York Times e retirado do Opinião e Notícia.



Postado por: Leonardo Araújo

Famílias gastam mais que o governo com saúde, indica IBGE



Rio de Janeiro – Embora os gastos do governo com bens e serviços de saúde tenham aumentado em ritmo mais intenso entre 2007 e 2009, as famílias continuam contabilizando despesas mais elevadas nesse setor. Entre os dois anos, as famílias brasileiras responderam, em média, por mais da metade (56,3%) desses gastos, o que representou cerca de 4,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em todo o período. Já os gastos da administração pública aumentaram sua participação no PIB de 3,5% para 3,8% entre os dois anos.
Os dados fazem parte da pesquisa Conta Satélite de Saúde, divulgada hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento traz informações sobre a produção, o consumo e o comércio exterior de bens e serviços relacionados à saúde, além de dados relacionados ao trabalho e à renda nas atividades que geram esses produtos.
De acordo com o estudo, as famílias gastaram, em 2009, R$ 157,1 bilhões em bens e serviços de saúde, enquanto a administração pública desembolsou R$ 123,6 bilhões com o mesmo setor. Já as instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias gastaram R$ 2,9 bilhões (0,1% do PIB).
Dessa forma, o consumo de bens e serviços de saúde naquele ano representou 8,8% do PIB total do país, alcançando R$ 283,6 bilhões.
Em 2009, as principais despesas de consumo final das famílias foram com outros serviços relacionados com atenção à saúde, como consultas médicas e odontológicas, exames laboratoriais (36,3% do total) e com medicamentos para uso humano (35,8%).
No caso da administração pública, 66,4% do total foi gasto com saúde pública. As despesas em unidades privadas contratadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) responderam por 10,8% e os medicamentos para distribuição gratuita representaram 5,1% dos gastos.
* Edição: Lílian Beraldo.
** Publicado originalmente no site Agência Brasil.












Postado por: Leonardo Araújo

Por um ano menos salgado




A revista Lancet Neurology publicou uma revisão, em sua primeira edição deste ano, dos avanços médicos para evitar o acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame. O estudo feito pelo doutor Graeme Hankey, da Austrália, avaliou 185 pesquisas sobre dieta e AVC e tirou suas próprias conclusões. Toda a evolução da civilização nas últimas décadas, facilitando a nossa vida, reduzindo nosso esforço físico e aumentando excessivamente a oferta de alimentos, aumentou vertiginosamente a incidência de doenças, sobretudo de alguns tipos de cânceres, diabetes e doenças vasculares.
O AVC encaixa-se no último grupo, pois é a interrupção do fluxo sanguíneo para alguma área do cérebro, o chamado AVC isquêmico, ou o extravasamento de sangue no cérebro, conhecido como AVC hemorrágico. Trata-se da quarta maior causa de morte e a principal de sequelas no mundo.
A notícia alarmante é que enquanto a incidência de AVC nos países desenvolvidos nos últimos 40 anos se reduziu pela metade, principalmente pela mudança de hábitos e controle dos fatores de risco como hipertensão, hipercolesterolêmica e tabagismo, nos países com baixa renda per capita, como o Brasil, a incidência de AVC dobrou no mesmo período. As taxas são diretamente proporcionais aos índices de obesidade, diabetes, tudo isso proveniente do consumo exagerado de calorias e sal que a urbanização do mundo provocou.
A principal causa do AVC é a aterosclerose, que é o acúmulo de gordura nas artérias, associada aos fatores que aumentam o risco: a hipertensão arterial, o sedentarismo, o diabetes, o tabagismo e a obesidade. Se mudássemos nossos hábitos, rejeitando algumas das benesses da Revolução Industrial, viveríamos muito mais e melhor.
Uma das mudanças cruciais seria comer menos sal. Um estudo publicado na revista New England Journal, em 2010, mostrou que se reduzíssemos a ingesta de sal para no máximo três gramas ao dia, conseguiríamos uma redução de até 35 mil AVCs por ano no Brasil, além de evitarmos 45 mil mortes por doenças cardiovasculares. Pouparia aos cofres públicos alguns bilhões de reais todo ano.
Muito pouca comida faz mal, filhos de mães mal nutridas durante a gravidez e crianças subnutridas têm alto risco de sofrer AVC quando chegarem à idade adulta, mas o excesso também é perigoso. A energia acumulada transforma-se em glicose e gordura que circulam no sangue e se acumulam nos vasos, aumentando o risco de rompê-los ou obstruí-los. No mundo de hoje, perto de dois bilhões de pessoas estão na faixa de desnutridos e outro 1,5 bilhão está acima do peso. Ambas as situações, por diferentes motivos, são fatores de risco.
Com essa revisão aprendemos que as vitaminas A e B, o cálcio e as substâncias antioxidantes não nos protegem do AVC. Alguns estudos ainda estão em progresso para validarem o papel protetor da vitamina E, do ômega-3 e da vitamina D. Uma dieta com cinco gramas de sal aumenta o risco de AVC em 23% e uma dieta com pelo menos um grama de potássio diária, reduz o risco de AVC em 11%.
A gordura é a vilã para doenças coronarianas, mas não existem estudos que confirmem o mesmo papel com as artérias cerebrais. Mas ao menos sugerem que as gorduras trans e saturadas são perigosas, enquanto as poli-insaturadas e ômega-3 podem ajudar. Alimentos ricos em açúcar livre, isto é, refrigerantes e doces, aumentam o risco de AVC. Peixes, se consumidos diariamente, reduzem o risco em 6%.
Proteínas magras e frutas também reduzem o risco de AVC. Grãos integrais, se consumidos em alta quantidade, diminuem o risco em 20%. Leite desnatado e até três xícaras de café ou de chá ao dia podem diminuir o risco em 17%, o consumo diário de chocolate igualmente nos protege contra o AVC.
O tipo de dieta interfere pouco. A dieta do Mediterrâneo é a única que comprovadamente nos protege contra o AVC. A dieta vegetariana, a dieta sem produto animal algum e a japonesa não reduzem o risco de AVC, em geral, pois parecem diminuir o AVC isquêmico, mas aumentam o AVC hemorrágico. Enfim, o fundamental é reduzir drasticamente as calorias que consumimos, cozinhar sem sal e depois colocar uma pitada no prato, tirar o açúcar livre e a gordura animal, e usar o padrão de dieta do Mediterrâneo que é rico em verduras, legumes, frutas e grãos integrais e usa a proteína do peixe.
Apenas repor vitaminas que faltam, principalmente o folato e a vitamina D, comer alimentos ricos em potássio e beber vinho tinto com muita moderação, três taças na semana. O resto é perfumaria.
* Publicado originalmente no site Carta Capital.













Postado por: Leonardo Araújo








Laço entre mãe e criança pode afetar obesidade no futuro

Estudo envolveu 977 crianças de 15, 24 e 36 meses que foram depois acompanhadas aos 15 anos.
A qualidade da relação da mãe com seu filho pequeno pode afetar o peso da criança na adolescência, descobriu um estudo.
O artigo foi baseado na observação de como mães interagiam com seus filhos quando eles tinham 15, 24 e 36 meses de idade, e no acompanhamento dessas crianças quando elas fizeram 15 anos para medir os níveis de obesidade. O estudo contou com a participação de 977 crianças.
Os pesquisadores se concentraram em dois aspectos do relacionamento: ligação de segurança, ou o quão consciente a criança é de que sua mãe é a base de segurança e uma presença reconfortante em horas de estresse, e sensibilidade maternal, ou a consciência da mãe sobre o estado emocional da criança e sua habilidade de reconfortar e animar. A qualidade dos relacionamentos foi avaliada em uma escala de seis pontos, com pontuações de três ou mais indicando um relacionamento emocional de muito baixa qualidade.
Em geral, quanto pior relacionamento entre mãe e criança, maiores as chances de que ela seja obesa aos 15 anos. Entre as crianças, 24,7% tinham uma relação adversa com suas mães, pontuando três ou mais. Ter baixa sensitividade maternal, ligação insegura e os dois juntos foram vinculados a maiores chances de ser obeso na adolescência.
Especificamente, a prevalência de obesidade em adolescentes foi de 26,1% entre aqueles com pontuação três ou mais, 15% entre aqueles com pontuação dois, 12,1% entre aqueles com pontuação um e 13% entre os com pontuação zero.
Quando os pesquisadores controlaram por peso no nascimento e gênero, eles descobriram que a probabilidade de se tornar obeso na adolescência era 2,45 vezes maior para aqueles que tiveram as piores relações com suas mães, comparados àqueles com as melhores relações.
Pesquisadores disseram acreditar que bons ou maus laços de relacionamentos cedo podem afetar como a criança reage a estresse, como comendo demais ou tendo péssima qualidade de sono.
“Cuidados atenciosos aumentam a probabilidade de a criança ter um padrão seguro de afeto e desenvolver uma resposta saudável ao estresse”, disse a principal autora Sarah Anderson da Ohio State University em um comunicado à imprensa. “Uma resposta ao estresse bem regulada pode influenciar o quão bem crianças dormem e se elas vão comer em reposta ao estresse emocional – dois fatores que afetam a probabilidade de obesidade.”
Anderson, professora de epidemiologia, não chegou a culpar completamente as mães por terem um efeito sobre o peso dos seus filhos. “É possível”, ela disse, “que a obesidade infantil possa ser influenciada por intervenções que tentam melhorar laços entre mães e crianças ao invés de focada apenas na ingestão de comida pelas crianças e atividade”.
* O estudo foi publicado na edição de janeiro de 2012 do jornal Pediatrics.

** Publicado originalmente no site Opinião e Notícia.
http://opiniaoenoticia.com.br/vida/saude/laco-entre-mae-e-crianca-pode-afetar-obesidade-no-futuro/

Postado por: Leonardo Araújo

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Receitas caseiras não ajudam a prevenir a dengue

por Carolina Pimentel, da Agência Brasil

Brasília – Para escapar da picada do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, muita gente recorre a receitas caseiras que circulam na internet ou dicas de amigos. Especialistas alertam que as recomendações alternativas não ajudam a prevenir a doença.

Comer alho, cebola, inhame, tomar vitamina C, chá de cravo da índia ou acender vela de andiroba são algumas das receitas populares. Mas nada disso impede uma pessoa de ser alvo da picada do mosquito, afirmam pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No caso dos alimentos, por exemplo, a pessoa teria de consumir grandes quantidades para liberar o cheiro das substâncias no suor e desviar a atenção do mosquito, explicam os pesquisadores.

Outra recomendação é passar repelente na pele. Segundo o epidemiologista e diretor do Instituto de Pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edimilson Migowski, alguns produtos conseguem afastar o mosquito. Porém, o professor alerta que os repelentes agem, em média, por três horas e não podem ser passados no corpo a todo tempo.

“Durante uma parte do dia, você vai ficar descoberto”, diz. O mosquito tem hábitos diurnos e prefere alimentar-se no amanhecer ou ao entardecer. Pode picar as pessoas também no período da noite.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, também não indica as receitas caseiras. “Não têm eficácia comprovada e faz com que as pessoas não adotem as medidas eficazes.”

Jarbas Barbosa destaca a adoção de hábitos dentro de casa para acabar com os criadouros do mosquito. Entre eles, tampar a caixa d`água, desentupir as calhas, tirar a água das bandejas do ar condicionado e dos pratinhos dos vasos de planta, e colocar tela em privadas e ralos pouco usados – que acumulam água parada, locais preferidos do mosquito para depositar os ovos.

Fazer essa vistoria em casa e no escritório pelo menos uma vez por semana é o suficiente, informou o secretário. Do ovo até a fase adulta, o ciclo de vida do Aedes aegypti leva de sete a dez dias.

“Quando você joga fora a água parada elimina de 60 a cem larvas do mosquito. Nenhuma outra medida vai evitar (o surgimento) de tantos mosquitos de uma única vez”, acrescentou o professor Edimilson Migowski.

Um levantamento divulgado pelo Ministério mostra que 48 municípios apresentam risco de surto de dengue neste verão. Em cada cidade, as equipes de saúde encontraram larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis visitados, taxa considerada preocupante.

A proliferação do mosquito da dengue aumenta no verão devido à alta temperatura e às chuvas que aumentam o número de locais com água parada, facilitando o depósito de ovos do inseto.

* Edição: Lílian Beraldo.

** Publicado originalmente no site da Agência Brasil.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-12-30/receitas-caseiras-nao-ajudam-prevenir-dengue-alertam-especialistas



Postado: Leonardo Araújo


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Atividade física diária melhora a autoestima das crianças e protege contra a depressão

Um estudo que acompanhou mais de 200 crianças com sobrepeso e sedentárias, com idades entre 7 e 11 anos, mostrou que 20 a 40 minutos de exercícios diários podem contribuir para a diminuição das chances de desenvolver depressão e aumentar consideravelmente a autoestima.
Atividade física diária melhora a autoestima das crianças e protege contra a depressão. Os pesquisadores da Universidade de Ciências da Saúde da Geórgia, EUA, afirmam que o estudo longitudinal – que acompanhou essas crianças durante 13 semanas consecutivas – é o primeiro a demonstrar os benefícios que uma dose mínima de exercícios traz para combater os sintomas da depressão e desenvolvimento de uma autoavaliação positiva de crianças. Mas os pesquisadores enfatizam: quanto mais tempo de exercício diário, melhor.
“Simplesmente levantar-se e fazer alguma atividade aeróbica mudou a relação que essas crianças sentiam sobre si mesmas”, diz Karen Petty, principal autora do estudo. “E o mais impressionante é que as crianças envolvidas no estudo chegaram às mesmas percepções.”
Jogos, brincadeiras e esportes coletivos
A pesquisa focou atividades que fossem divertidas e que aumentassem a frequência cardíaca, como jogos envolvendo corrida, pular corda, basquete e futebol, e que normalmente combinam pequenos momentos de alta intensidade de exercício e períodos de leve descanso, sem interromper totalmente a atividade.
Os participantes avaliavam positivamente seus sentimentos sobre si próprios após cada sessão de exercícios. “Se você se sente melhor sobre você mesmo, é provável que isso se reflita no rendimento escolar e talvez essas crianças possam até mesmo prestar mais atenção na aula”, diz Petty que, com sua equipe, analisou os dados.
Catherine Davis, outra pesquisadora envolvida no estudo, também comprovou que as atividades físicas não só melhoram o condicionamento físico e diminuem a gordura no corpo, mas também reduzem o risco de diabetes dessas crianças, melhoram a cognição e as deixam menos agressivas. “Nosso bem-estar mental e físico estão interligados”, diz Davis. “O estudo mostra os benefícios de exercícios em qualquer idade.”
Os pesquisadores agora acompanham outro grupo de crianças, que deverão ser observadas por, no mínimo, oito meses. Eles procuram confirmar os dados da primeira pesquisa e controlar fatores que corroborem que foi o exercício, e não a atenção extra durante as sessões, que fez a diferença. Uma hipótese provável é que a combinação de ambos os fatores, além da interação social, são importantes para uma melhor imagem que essas crianças têm de si próprias.
* Publicado originalmente no site O que eu tenho?
http://www.oqueeutenho.com.br/6012/menos-de-uma-hora-de-exercicio-por-dia-melhora-a-autoestima-de-criancas.html#axzz1iaw39s6r

Fonte: http://envolverde.com.br/saude/

Postado por: Leonardo Araújo

Dicas de alimentação para o verão




O verão está chegando e o cuidado com o corpo é maior. Neste momento, o cuidado com a alimentação deve ser redobrado, para se estar em melhor forma física quando chegar a hora de desfilar na praia ou na piscina.

Sempre quando se trata de reduzir calorias e melhorar a qualidade da alimentação, também é necessário levar em conta que o prazer no momento da refeição deve permanecer, por isso é necessário ter um momento reservado no dia a dia dedicado aos alimentos.

Flávia Bulgarelli Vicentini, nutricionista e supervisora dos ambulatórios de Obesidade e Distúrbios de Apetite e do Projeto de Educação Nutricional da Unifesp, diz que é também muito importante se hidratar bem. “O ideal é beber água o dia todo, de 150 a 200 ml por copo, chegando a um total de 2 litros por dia. A água ajuda a inibir o apetite, pois muitas vezes o organismo dá sinal de fome, quando na realidade está desidratado.” Quando se mantém o organismo hidratado, fica um pouco mais fácil afastar a fome.

A atividade física é imprescindível e deve ser realizada com a orientação de um educador físico, diz a especialista. “Hoje, a recomendação é de que pessoas com peso adequado devem praticar 30 minutos de atividade física por dia, todos os dias, para aumentar ou manter seu gasto energético e sua massa muscular.”

Existem pessoas que além da atividade física necessitam de apoio emocional, portanto, para se ter um bom resultado na perda de peso, ao menos quatro profissionais deveriam estar envolvidos: nutricionista, médico, educador físico e psicólogo. Para entrar em forma, é necessário adequar os nutrientes e ficar atenta a quantidade que será ingerida ao longo do dia.

Uma pessoa que deseja perder peso e quer se manter magra deve consumir, por dia, em média, 1.200 calorias. “A quantidade de calorias exatas vai depender de qual é o gasto energético dessa pessoa”, aponta Flávia. “Alguém que pratica atividade física todos os dias tem um gasto energético diferente de quem é sedentária.”

Outro ponto apontado pela nutricionista é o consumo de frutas. “É muito importante, porque o sabor doce e as vitaminas e minerais contidas nesses alimentos auxiliam no controle do apetite.” O ideal é consumir de três a cinco frutas por dia.

“Comer verduras, legumes no almoço e jantar, variando a cor e o modo de preparo desses alimentos, aumenta a ingestão das fibras que auxiliam no processo de saciedade. As vitaminas e os minerais presentes nesses alimentos auxiliam no processo de perda de peso, porque ajudam a diminuir a ansiedade e auxiliam no gasto de energia”, diz a especialista.

Substituições

Alimentos ricos em carboidratos, principalmente feitos com farinha de trigo refinada, devem ser substituídos por alimentos feitos com farinha integral, pois as fibras presentes nesse tipo de alimento evitam que os carboidratos sejam rapidamente absorvidos e ocorra uma produção grande de insulina e, com isso, grande absorção de glicose, que será transformada em gordura corporal, principalmente abdominal.

Para melhorar a alimentação, o essencial é retirar açúcares refinados e qualquer alimento que os contenha, como doces, refrigerantes, entre outros. Flávia diz que esse tipo de alimento é metabolizado muito rápido pelo organismo e será, com certeza, armazenado como gordura, principalmente abdominal.

“Alguns alimentos podem ser incluídos para diminuir a ansiedade e aumentar a saciedade. Hoje, estudos em torno de biscoitos feitos de amaranto, um grão originário dos Andes e hoje também cultivado no Brasil, mostram que este alimento tem a capacidade de reduzir níveis de colesterol do sangue e reduzem o apetite”, indica a especialista.

“Outra dica para acelerar o metabolismo é consumir três xícaras de chá-verde ao dia, um bom aliado, pois é um excelente antioxidante”, finaliza Flávia Vicentini.”

* Publicado originalmente no site O que eu tenho?

http://www.oqueeutenho.com.br/12548/dicas-de-alimentacao-para-estar-pronta-para-o-verao.html#axzz1iaw39s6r



Postado por: Leonardo Araújo

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Limites

Não cobre dos outros atitudes que você gostaria que tivessem. As pessoas são diferentes entre si; dai a necessidade de aceitar os limites do próximo. Afinal, você também tem os seus.

Sempre podemos melhorar, mas de nada adiantam pressões ou cobranças.

O despertar interior é um processo pessoal e tem o seu amadurecimento no momento certo.

Compreender e aceitar seus limites, e os do próximo é a fórmula ágica para viver bem.

Autor desconhecido.

Postado por: Leonardo Araújo

O Amparo de Deus

Se meditares sinceramente nas provas que já venceste, nos problemas que já atravessaste, nas dores que já esqueceste e nos obstáculos que, muitas vezes, já contornaste, sem maior esforço de tua parte reconhecerás que o amparo de Deus esteve e está contigo em todos os momentos.

Aprenderás a cooperar mais em favor da paz de ti mesmo, consolidando a fé na Divina providência, que nunca nos desampara.

(Ator desconhecido).

Postado por: Leonardo Araújo