quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Otimismo em excesso está relacionado a “erro” em área do cérebro, diz estudo




Para algumas pessoas, o copo está sempre metade cheio. Mesmo com seu time em último lugar na tabela do Campeonato Brasileiro de futebol, ele está convencido de que ainda tem uma chance de ir à Libertadores. Por que mesmo com o fracasso iminente algumas pessoas se mantêm tão otimistas?

A resposta está no cérebro, mais especificamente em um erro na forma como se processam as informações nos lobos frontais. É o que mostra um estudo divulgado no periódico Nature Neuroscience.

Dezenove voluntários foram apresentados a 80 situações negativas como roubo de carro ou doença de Parkinson e deveriam estimar a probabilidade de tais eventos acontecerem em suas vidas no futuro, enquanto submetidos a exame de ressonância magnética funcional (RMf). Em seguida, os pesquisadores mostraram a eles a real probabilidade de tais eventos acontecerem.

Em seguida, após o exame, os participantes poderiam reajustar suas estimativas com as novas informações recebidas. Eles também responderam a questionários que tinham por objetivo medir seus níveis de otimismo.

Tendência foi melhorar a realidade dos fatos

Os pesquisadores descobriram que as pessoas, de fato, atualizaram suas estimativas com base nas informações oferecidas, mas somente quando esta era melhor que o esperado. Por exemplo, se eles tinham previsto que a sua probabilidade de sofrer de câncer foi 40%, mas a probabilidade média era de 30%, eles ajustaram a sua estimativa para 32%. Se a informação era pior que o esperado, eles tenderam a ajustar sua estimativa para muito menos, como que ignorando os dados.

Os resultados das tomografias sugerem o motivo. Todos os participantes mostraram aumento da atividade nos lobos frontais do cérebro quando a informação dada era melhor do que o esperado. No entanto, quando a informação era pior do que o estimado, quanto mais otimista o participante era (de acordo com o questionário de personalidade), menor era a atividade nesta região. Ou seja, a informação era codificada de forma menos eficiente, sugerindo que eles estavam ignorando as evidências apresentadas.

De acordo com um dos autores do estudo, Tali Sharot, da Universidade de Londres, no Reino Unido, os resultados sugerem que nossa memória é seletiva. “Nós escolhemos a informação que recebemos. Quanto mais otimistas, menos somos influenciados por informações negativas. Isso pode trazer benefícios para nossa saúde mental, mas existem também desvantagens óbvias. Muitos especialistas acreditavam que a crise capitalista de 2008 foi superestimada precipitadamente por analistas, quando os fatos mostravam o contrário”, finaliza.

Com informações da University College London.

Fonte: http://envolverde.com.br/






Postado por: Leonardo Araújo

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